Alunos de Geografia apresentam estudo que visa contribuir com a formação do profissional
Projeto de pesquisa faz parte da disciplina Estágio Supervisionado II e conta com a orientação da professora Jacqueline Praxedes de Almeida
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Deriky Pereira – estudante de Jornalismo
Estudantes do 6° período do curso de licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Alagoas apresentaram, durante a última semana, os primeiros resultados do projeto de pesquisa que visa contribuir com a formação do profissional e estimular uma postura investigativa diante da realidade e de sua própria prática pedagógica. O projeto faz parte da disciplina Estágio Supervisionado II, ministrada pela professora Jacqueline Praxedes de Almeida, que destacou a importância da iniciativa.
“A apresentação dos resultados parciais dessa pesquisa ajuda no crescimento pessoal e profissional dos estagiários, em especial no que diz respeito ao rompimento de barreiras como insegurança, timidez e o medo de falar em público, além de ajudar a desenvolver nos estudantes habilidades práticas referentes a sua futura atuação profissional, fazendo com que eles possam se sentir mais seguros na prática docente”, explicou.
Os alunos envolvidos no projeto também falaram sobre a importância de apresentar os resultados da pesquisa. Em um ponto comum, os quatro ainda não tinham passado por uma experiencia semelhante e, apesar do nervosismo, confessam que o sentimento final foi de missão cumprida, visto que conseguiram passar de forma concreta a verdadeira mensagem que a pesquisa apresenta.
Na opinião de Washington Ferreira, o desenvolvimento do trabalho fez com que ele se sentisse mais capacitado para o exercício da profissão. “Pude perceber, também, que a ação docente tem que estar voltada para todos e que cabe ao professor se superar em suas limitações para, de fato, conseguir trabalhar pela formação cidadã”, destacou. Já para Ismar Farias, o projeto representou a sua entrada no universo da pesquisa acadêmica e “a minha importância, enquanto estudante de uma universidade pública, em contribuir com a produção de conhecimento no Estado de Alagoas.”
Jorge Lucas, por sua vez, refletiu sobre a forma como deve passar o conteúdo aos alunos em sala. “Essa experiência ajudou a mostrar que há uma necessidade de se pesquisar dentro da sala de aula, que não basta para o professor passar o conteúdo, é preciso ir além e buscar entender como seus alunos pensam e como ele, enquanto profissional, pode estimular ainda mais o desenvolvimento crítico dos educandos e formar cidadãos”, refletiu.
A fala de Jorge foi complementada por Ariane Waleska, que disse ter percebido o quão importante é o papel do professor na construção de valores dentro da escola. “Essa pesquisa me ajudou a compreender o quanto é importante o papel do professor como pesquisador no desenvolvimento e construção dos valores dentro da escola, coisa que, muitas vezes, é até esquecida por nós, professores, e esse trabalho nos fez perceber a importância do mesmo na instituição e na formação do cidadão”, frisou.
Intitulado “Educação e Valores: Contribuição para a Formação do professor de Geografia e para a Promoção da Cidadania na Escola”, o projeto foi apresentado durante 1° Encontro Pedagógico do Ifal, Campus Maceió, para uma plateia de 200 pessoas no auditório da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits). O professor Dênis Rocha Calazans também foi um parceiro do projeto de pesquisa e falou sobre o seu envolvimento nos trabalhos.
“Acredito que os professores possuem um papel primordial, pois são responsáveis por desenvolver em seus alunos, valores responsáveis pela formação de uma sociedade mais humana. Durante o projeto, atuei como professor supervisor dos alunos da Ufal e isso me possibilitou contribuir com a formação desses, que serão futuros profissionais de Geografia. Além do mais, o trabalho fez com que os estagiários pudessem pensar em uma ação docente mais humana e voltada para todos”, salientou Dênis.
Para o professor, esse projeto de pesquisa fortalece as relações de cooperação entre a Ufal e o Ifal, trazendo elementos positivos para ambas. “Para a Ufal, a experiência aproxima a Universidade da realidade da escola, ajudando-os a conhecer melhor seus alunos e direcionando suas ações. Já para o Ifal, auxilia a traçar um perfil sobre seus alunos no que se refere a valores e a ética. Conhecer o perfil do aluno é importante para que a escola se posicione diante dos desafios e trace estratégias para superá-los. Com isso, a pesquisa cumpre várias funções, todas benéficas para as duas instituições envolvidas”, concluiu.