Selecionados para o CsF falam como se prepararam para estudar em países com outros idiomas

Prática de conversação e uso das redes sociais para se informarem foram dois fatores para o êxito dos alunos


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Clarissa França, Haiana Madeiro e Gabriella Monteiro estudaram juntas para as provas de proficiência
Clarissa França, Haiana Madeiro e Gabriella Monteiro estudaram juntas para as provas de proficiência

Jhonathan Pino - jornalista

O segundo semestre de 2013 promete ser marcante, pelo menos, para 25 estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Provenientes de diversos cursos, eles foram selecionados para o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e, a partir de julho, começam a embarcar para países como Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Itália e Alemanha.

Em comum, esses estudantes fizeram as provas de proficiência para os idiomas de origem das instituições acolhedoras. É o caso de Gabriela Monteiro, Haiana Madeiro, Clarissa França e Diandra Lopes. As quatro estudantes de Medicina aproveitaram o período de greve, em 2012, e se prepararam para o International English Language Testing System (Ielts), uma das provas que servem para qualificar o nível de domínio do idioma dos candidatos. “Nós estudamos juntas durante a greve para fazer o teste de inglês em setembro. Nós resolvíamos as questões e falávamos entre nós no idioma o tempo todo”, lembrou Gabriella, selecionada para Queensland, na Austrália.

São as próprias universidades acolhedoras que definem o nível desejado dos alunos. Como Clarissa e Haiana tiveram ótimas notas, puderam escolher a melhor universidade canadense de Medicina e uma das 20 melhores do mundo, a University of Toronto, para estudar. “A prova é a fase mais difícil, pois existem notas de corte. É um exame longo e há todas as expectativas, pois ela é decisiva para o tempo que a gente vai ficar estudando fora”, relatou Clarissa, que passará um ano no Canadá.

Quando falam em relação ao tempo, as estudantes se preocupam com o período em que terão suas graduações interrompidas na Ufal. “Nós não vamos estudar Medicina lá. Vamos pegar matérias correlatas à área do curso. As disciplinas são usadas como cargas horárias extras, mas quando voltarmos temos que recuperar o ano perdido”, esclareceu Haiana.

Para Maísa Malta, estudante do oitavo período de Medicina, o aceite da Middlesex University veio na hora certa. Ela preferiu estudar na universidade inglesa, por apresentar um curso na área de neurofisiologia e também pela sua localização, pois fica situada em Londres. “Para mim foi ótimo, pois eu vou parar o curso agora, mas não vou precisar fazer de novo as disciplinas básicas da área, e quando voltar para a Ufal, já reinicio no Internato, que é de dois anos”, comemora.

Em comum, as estudantes de Medicina revelam que as redes sociais as auxiliam na hora de tomar as decisões. “Eu já entrei várias vezes no site da universidade. Foi lá que encontrei as informações para a escolha da instituição, mas estou pensando em fazer uma conta no Facebook para pegar mais informações com as comunidades voltadas para o Ciência sem Fronteiras”, acrescentou Maísa.

Da Casa de Cultura no Campus para o Canadá

Wenjohn Lima, aluno do quinto período de Química Tecnológica Industrial, foi o primeiro aluno do Programa Casa de Cultura no Campus (CCC), a ser enviado para o CsF. Apesar de estar no nível intermediário do idioma, o estudante conseguiu nota suficiente no Test of English as a Foreign Language (Toefl) para ser selecionado pela Universidade de Alberta. “O enfoque no CCC é diferente. Lá você vê como vai usar a língua na realidade. Eu acho isso fantástico. Os professores com quem eu tive contato, Lianna Tavares e Benyelton Miguel, foram nessa perspectiva”, disse o estudante, que embarca em julho para o Canadá, antes do início das aulas, para passar por um nivelamento do idioma.

Em setembro, Wenjohn começa um período de nove meses de aulas e mais três de pesquisa. “Eu estava preocupado com a continuidade do curso, mas tenho que tentar aproximar-me das disciplinas de lá semelhantes as existentes aqui”, relatou.

Estudantes devem comparecer à ASI

A Assessoria de Intercâmbio Estudantil (ASI) informa que ao receberem a resposta positiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), os estudantes devem comparecer à ASI, localizada no 1º andar do prédio da Reitoria, no Campus A.C. Simões, para que a instituição seja informada sobre o afastamento do aluno. Até a sexta-feira, 3 de maio, apenas 25 alunos haviam comunicado o resultado.