Estudantes promovem evento sobre realidade afrodescendente no Brasil
A iniciativa foi realizada nos dias 18 e 19 de novembro no auditório da Biblioteca Central
- Atualizado em
Deriky Pereira – estudante de Jornalismo
Alunos do 5º período do curso de licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Alagoas promoveram a 1ª Semana da Realidade Afrodescendente no Brasil. Realizada nos dias 18 e 19 de novembro, a iniciativa contou com mesas redondas, cine debate e oficina sobre capoeira, além de exposição de fotos com imagens de negros que se destacaram na história, realizada no hall da Biblioteca Central (BC).
A coordenadora do evento, Marta Luedemann, falou sobre a origem do projeto. “O evento surgiu a partir da disciplina Projetos Integradores com a intenção de fazer um debate acadêmico sobre a questão do afrodescendente atualmente e como que os discentes tratariam isso enquanto profissionais e professores na escola”, explicou a coordenadora.
De acordo com o estudante Rogério Nascimento, um dos organizadores do evento, a intenção do evento foi trazer temas ligados à temática do negro no contexto acadêmico e educacional. “Há uma necessidade de disseminarmos a questão do negro no Brasil. Então, a gente tenta iniciar agora nessa semana do feriado [da Consciência Negra, em 20 de novembro] e pretendemos trazer o projeto no ano que vem”, apontou.
Quanto à exposição fotográfica, a ideia era mostrar pessoas que tiveram destaque na história, seja no Brasil quanto no exterior. “Tivemos figuras de personalidades como Nelson Mandella e Martin Luther King e o geógrafo Milton Santos, importante na área da educação. Ou seja, neste momento, o foco era expor aonde o negro conseguiu chegar, mostrando que independente de cor e classe social, se a pessoa quiser, consegue alcançar seus objetivos”, disse a estudante Josilaine da Silva.
Além das mesas-redondas e da exposição fotográfica, o evento teve ainda uma oficina sobre capoeira e um um cine debate, exibindo o filme Malcolm X, que relata a história de um ativista norte-americano que teve o pai assassinado pela Klu Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. “A escolha se deu por conta do tema do evento e, nesse filme, o personagem começou a defender a conscientização das pessoas quanto ao racismo”, explicou Wevillyn Soares.