Estudantes de dança interpretam performances no Campus Maceió

O objetivo da apresentação foi celebrar o Dia Internacional da Dança e divulgar o curso


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Esse tipo de performance é baseado na improvisação naquilo que o momento e o espaço inspiram explicou a coordenadora do curso Noemi Loureiro
Esse tipo de performance é baseado na improvisação naquilo que o momento e o espaço inspiram explicou a coordenadora do curso Noemi Loureiro

Pedro Barros - estudante de jornalismo

Você já teve vontade de sair dançando pela rua? Foi mais ou menos isso que alunos de diversos períodos do curso de Dança Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) fizeram na manhã da terça-feira (29). Para comemorar o dia internacional dessa arte e divulgar o curso para a comunidade acadêmica, eles executaram performances no Campus A.C. Simões, em Maceió, começando pelo pátio da Reitoria e seguindo para o Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).

A interpretação era baseada na improvisação, não seguindo uma coreografia ensaiada. "Essa performance é caracterizada pela criação espontânea do movimento, baseada naquilo que o momento e o espaço inspiram", explicou a coordenadora e professora da licenciatura, Noemi Loureiro. Com o objetivo de divulgar a graduação, a apresentação itinerante também já foi realizada do Espaço Cultural, onde o curso funciona, até o centro da cidade. "É um cortejo dançante, uma caminhada com movimentação silenciosa do corpo. 'Cortejo' tem a ver com procissão, uma grande caminhada em simbologia a alguma coisa. Neste caso, queremos chamar atenção para o curso de dança, queremos alertar que ele existe", informou Loureiro.

Um intérprete que chamou atenção foi Antonio Alves. Com 78 anos de idade e com experiência em dança de salão, ele ingressou na graduação neste semestre, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). "Até dez anos atrás, eu não dançava; quando comecei, houve uma mudança fabulosa na minha saúde, no equilíbrio... Volte a dançar, seja qual for sua idade. Você vai diminuir sua conta com farmácia, médico e psicólogo", comemorou o senhor.

Segundo Noemi, o curso de dança não ensina uma dança específica, mas reflete sobre o corpo e seu movimento. "Além de algumas técnicas de dança, os alunos conhecem a anatomia e as articulações do corpo, relacionando isso ao movimento. Postura, atitude, ação: o corpo expressa isso", explicou. "A licenciatura ensina a pensar a dança na escola enquanto construção do cidadão. A partir daí, é que podemos entrar nas questões performáticas, na construção coreográfica, na dança lúdica etc.".

O curso de Dança Licenciatura existe desde 2006, com duração mínima de 4 anos e oferta de 35 vagas por ano.

Dia Internacional da Dança

O Dia Internacional da Dança foi instituído pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1982, em homenagem à data de nascimento do bailarino e professor de balé francês Jean Georges Noverre.
Nascido em 29 de abril de 1727, Noverre foi responsável por inovações na dança daquela época, além de ter escrito as Letters sur la Danse, uma série de cartas sobre o balé do século 18. "Noverre introduziu na dança a pantomima, isto é, uma interpretação, uma gestualidade mais apropriada que dá um sentido à cena. Por coincidência, aqui no Brasil também comemoramos o aniversário de Marika Gidali, que fundou em São Paulo, na década de 70, o Ballet Stagium, uma companhia de muita relevância no país", explicou Noemi.