Química Tecnológica e Industrial forma os primeiros profissionais

Curso recebeu nota 4 na primeira avaliação pelo Ministério da Educação


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Michele Marques e Jessica Guerra comemoram a vitória e se preparam para o início do mestrado no IQB
Michele Marques e Jessica Guerra comemoram a vitória e se preparam para o início do mestrado no IQB

Diana Monteiro – jornalista 

O que há de tão comum na vida acadêmica de Jessica Guerra Gouveia e Michele Marques Silva, primeiras alunas graduadas em Química Tecnológica Industrial e Tecnológica pela Universidade Federal de Alagoas? Ambas iniciaram o bacharelado em Química, fizeram reopção de curso e foram selecionadas para o curso demMestrado do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), a se iniciar em agosto. 

Os objetivos comuns voltados à atuação profissional na nova área escolhida movimentaram a vida acadêmica de Michele e Jessica também como pesquisadoras, com a participação em programas de bolsas institucionais, a exemplo do Pibic (Iniciação Científica) e BDAI (Desenvolvimento Acadêmico), considerados por elas como importante suporte para o aprendizado na graduação de curso e futura pós-graduação. 

O espaço para a pesquisa durante a graduação também foi comum, assim como a área de estudo, com foco na Ressonância Magnética. No Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), Michele desenvolveu, durante três anos, sob a coordenação e orientação do professor Edson de Souza Bento, o estudo sobre a Aplicação da técnica de ressonância no estudo metabólico da cana-de-açúcar, que resultou em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 

Já a pesquisa de Jessica Guerra para o TCC teve como foco a Aplicação da Ressonância Magnética no estudo filtrado da cultura do fungo endofítico Rhizoctonia solani, (fungos encontrados no interior de plantas) e foi isolado o da planta aroeira para fins farmacêuticos. Além do professor Edson Bento, o estudo teve a orientação do professor Luiz Carlos Caetano. Jessica cita a importância também dos professores Denis Imbroisi e Sônia Machado para a sua qualificação e aprendizado.

As duas são unânimes em apontar a realização e a capacitação na área profissional escolhida, e como disse Michele, emocionada, durante a colação de grau no gabinete da vice-reitora Rachel Rocha, a luta foi grande para o que tanto queria, a partir da própria mudança de curso e, concluí-lo é um degrau galgado dentre muitos outros que diz almejar. 

A certeza da escolha para o bacharelado em Química Industrial e Tecnológica durante a primeira etapa da vida acadêmica é reforçada por ambas, quando dizem que o curso atendeu as expectativas e aproveitam para tecer elogios, como elas mesmas dizem, bem merecidos: “O curso é enriquecedor, na primeira avaliação pelo Ministério da Educação recebeu a nota 4 mostrando a sua qualificação quanto à grade curricular, estrutura de funcionamento ofertada e dedicação e competência do corpo docente do IQB”, enfatizam. 

As duas aguardam ansiosamente o início do Mestrado em Química e Biotecnologia a partir de 10 de agosto, e na etapa de pós-graduação, a continuidade com o futuro doutorado para os objetivos comuns: seguirem carreira docente no ensino superior. Nos planos de Jessica está o doutorado sanduíche na Inglaterra/Ufal. Outra expectativa dela é para a especialização em Química Tecnológica do Instituto Federal de Alagoas, com início em 2 de agosto, no horário noturno. “Fazer a especialização ao mesmo tempo que o mestrado irá agregar mais conhecimento”, enfatiza com muita disposição e vontade de alcançar a realização profissional. 

Química Industrial em prol do desenvolvimento 

Implantado em 2011 na Universidade Federal de Alagoas o curso de Química industrial e Tecnológica funciona no horário noturno e oferta anualmente 40 vagas, com turma de 20 alunos em cada semestre letivo. 

O curso está atrelado ao Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), no Campus A.C. Simões, em Maceió e tem como objetivo formar profissionais que disponham de conhecimento sólido e abrangente das técnicas básicas de utilização de laboratórios e equipamentos necessários para garantir a qualidade dos serviços prestados. Também, para desenvolver e aplicar novas tecnologias, de modo a ajustar-se à dinâmica das indústrias químicas. 

O bacharel em Química Industrial e Tecnológica tem campo de atuação muito amplo e diversificado. Atua tanto na Indústria Química como em Instituições de Ensino e de Pesquisa e em Empresas ou Órgãos Governamentais que mantenham laboratório de controle químico. O curso tem duração mínima de 4,5 anos e máxima de 7,5 anos.