Estudantes fazem Enade em busca do conceito 5 para os cursos avaliados
Coordenação do curso de Serviço Social, um dos avaliados, realizou atividades para incentivar os estudantes
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Centenas de estudantes concluintes de dez cursos de graduação da Universidade Federal de Alagoas realizaram, no último domingo (25), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2018 que faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O objetivo da prova é avaliar e acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos dos cursos, suas habilidades para ajustamento às exigências decorrentes da evolução do conhecimento e competências para compreender temas relacionados.
Na Ufal, foram inscritos no Enade os alunos que têm até 25% de carga horária integralizada ou já cursaram mais de 80% dos cursos nas áreas de Administração, Administração Pública, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Jornalismo, Design, Direito, Psicologia, Serviço Social e Turismo.
No curso de Serviço Social do Campus A. C. Simões 164 estudantes foram habilitados para fazer a prova. Em 2013 o curso recebeu conceito 3, em 2016 a nota subiu para 4, e, desta vez, os alunos realizaram a prova visando a nota máxima que pode ser alcançada, conceito 5. De acordo com a coordenadora do curso, Sueli Nascimento, os servidores do bloco trabalharam em equipes para auxiliar os estudantes nas demandas que surgiam referentes a realização da prova.
“Realizamos nosso próprio seminário, tanto no horário matutino e como à noite. Iniciamos com uma exposição sobre ensino superior público na atual conjuntura, a partir da qual chamamos os discentes à reflexão sobre a estratégia do boicote ao exame, apresentando o posicionamento recente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Nesse sentido, foram pesada e desaconselhada a pertinência dessa iniciativa geralmente apoiada pelo movimento estudantil, haja vista o processo de mercantilização do ensino no Brasil e no mundo e da ameaça/tendência à privatização das universidades públicas ante um indesejável rebaixamento dos conceitos”, explicou Nascimento.
Segundo a coordenadora do curso, foram realizadas diversas atividades que incentivaram os estudantes a querer alcançar boas notas. Dentre elas, a comunicação através da internet para que a divulgação chegasse a mais pessoas.
“O principal incentivo que apresentamos foi a nossa histórica resistência pela manutenção de direitos duramente conquistados. Foi o compromisso ético-político profissional do Serviço Social pela universidade pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada, democrática, laica e plural. Reforçamos lembretes para todos sempre que havia algum evento importante no cronograma do Enade. E na véspera do dia da prova, como também na manhã do dia 25, mandamos mensagens de confiança e estímulo para a realização de uma boa prova”, ressaltou a docente.
Diálogo entre a Ufal e os estudantes
Com o intuito de preparar os estudantes para essa fase, desde 2016 a Procuradoria Educacional Institucional (PEI) vem realizando seminários, reuniões sistemáticas e de planejamento com as coordenações dos cursos, organizações de dados junto ao Núcleo de Tecnologia (NTI) e acompanhamento do cronograma do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A procuradora Educacional Institucional, Jusciney Carvalho, ressalta que o engajamento dos estudantes contribui também para valorizar e legitimar a importância da formação acadêmica da Ufal, sobretudo por ser a maior instituição federal de ensino superior em Alagoas. Segundo ela, a meta do novo Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade é garantir a melhoria da qualidade do ensino ofertado e, por conseguinte, a nota do Índice Geral dos Cursos (IGC) de 3 para 4.
“O Enade é responsável por 70% do conjunto de notas que compõe o Índice Geral de Cursos [IGC]. Então é de suma importância que todos os cursos alcancem bons conceitos para que o nosso IGC esteja acima do atual, que é considerado satisfatório, numa escala de 1 a 5. Quanto mais a comunidade universitária compreender a importância do Enade, mais chances teremos de garantir que essa política de avaliação externa seja efetivada na Ufal. Nossa atuação tem sido a de estimular que gestores, professores, técnicos administrativos e estudantes trabalhem de forma colaborativa, com vistas à elevação dos conceitos dos nossos cursos”, disse a procuradora.