Estudantes reivindicam funcionamento dos RUs durante sessão do Consuni
Um grupo de estudantes dos campi do Sertão e Arapiraca se manifestou ao Conselho Universitário
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A conselheira Brenda Samello, estudante de Pedagogia do Campus do Sertão e representante dos estudantes no Conselho Universitário, solicitou que um grupo de estudantes dos campi do Sertão e Arapiraca pudessem usar a palavra na sessão ordinária do Consuni, realizada nesta segunda-feira (5), para falar dos restaurantes universitários.
Embora não fosse pauta da reunião, os estudantes puderam manifestar a preocupação com os prazos para funcionamento dos equipamentos. “As reformas foram concluídas e já acompanhamos várias reuniões sobre as etapas de licitações e compras. Temos pressa, porque estamos num cenário político bastante instável e queremos garantir logo esse direito”, destacou a conselheira Brenda.
Ao fazer uso da palavra, a estudante Jozivânia Felix, que cursa Geografia no Campus do Sertão, foi bastante enfática. “Não é possível para estudantes de baixa renda pagar marmitas todos os dias. Esse é um dos fatores que leva pessoas a desistirem do curso superior. As políticas estudantis tem que garantir o acesso e a permanências desses estudantes. Queremos um prazo para que os RUs sejam entregues o mais breve possível”, reivindicou a estudante.
Dois estudantes do Campus Arapiraca também se manifestaram. Fernando Lima e Kaique Santos relataram que estão acompanhando os procedimentos para a conclusão das obras. “Eu cheguei a filmar a situação do restaurante de Arapiraca, com obras paradas e equipamentos se deteriorando há algum tempo. As providências foram tomadas, mas precisamos da conclusão definitiva”, disse Fernando Lima, que cursa Letras no Campus Arapiraca.
“No curso de Administração Pública, nós aprendemos sobre as dificuldades burocráticas e gargalos para garantir eficiência nas obras públicas, por isso compreendo as dificuldades, Mas temos que encontrar alternativas para ter respostas mais rápidas. A permanência de muitos estudantes da região agreste nos cursos depende desse equipamento”, complementou Kaique Santos, do Campus Arapiraca.
A reitora Valéria Correia fez um breve relato de todas as providências que foram tomadas desde que assumiu a gestão. Os restaurantes foram inaugurados no final de 2015 e recebidos pelas direções locais com problemas na execução da obra e sem estrutura de recursos humanos para operar os RUs e a logística operacional de equipamentos. Quando a atual gestão assumiu em 2016, foi necessário retomar todo o processo para sanar os problemas da obra dentro da legalidade. “Não podíamos investir recursos de manutenção sem antes esgotar os procedimentos administrativos e jurídicos para que as empresas responsáveis corrigissem as inconformidades, finalizando as obras. Tudo isso é demorado, porque foi preciso estabelecer prazos, aplicar multas, aguardar os recursos”, explicou a reitora.
O vice-reitor, José Vieira, que assumiu a responsabilidade de acompanhar esse processo, viajando semanalmente para os campi, destacou que foram criadas comissões, para que os estudantes participassem dos encaminhamentos tomados. “Não é uma operação simples e temos que cumprir todos os requisitos e prazos legais. Contamos com o empenho das direções dos campi, o envolvimento dos nossos técnicos, principalmente da Sinfra, setor de compras e de Nutrição”, ressaltou Vieira.
Falando em nome do Campus do Sertão, o diretor Agnaldo Santos endossou a parceria da direção local com a reitoria da Ufal para colocar o Restaurante em funcionamento. “Naquilo que compete à direção, estamos contribuindo para que tudo aconteça no menor tempo possível. os relatórios de acompanhamento dos trabalhos estão sendo publicados, para que toda a comunidade fique informada das etapas. Também contribuímos, com recursos da manutenção, para comprar as bancadas da cozinha”, relatou o diretor.
Finalizando a exposição sobre os Restaurantes Universitários na sessão do Consuni, a pró-reitora Estudantil, Silvana Medeiros, ressaltou os editais de Agricultura Familiar. “Vamos colocar os restaurantes em funcionamento, se possível ainda esse ano, ou, no máximo em janeiro do próximo, com a compra direta ao produtor da Agricultura Familiar, incentivando a produção de alimentos orgânicos e o fortalecimento da agricultura de pequeno porte. Esse também é um compromisso social dessa gestão”, concluiu a pró-reitora.