Acessibilidade: prova para curso de Libras tem nova forma de aplicação
Metodologia em prova objetiva no vestibular para o curso permite controle do tempo do exame
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O vestibular 2018 para o curso de Letras Libras (Língua Brasileira de Sinais) da Ufal foi marcado por uma nova forma de aplicação da prova objetiva. Uma novidade que garantiu mais acessibilidade para as pessoas surdas.
No processo seletivo para esse curso, os candidatos têm a opção de escolher fazer o exame em Libras, com o conteúdo em formato audiovisual, ou em português, com material impresso. “A diferença deste ano é que eles passaram a dispor de um computador individualizado, o que possibilitou ter controle do tempo da prova objetiva, em um processo equivalente ao que ocorre com a prova em português. Com opção de retornar a questões quantas vezes quisesse, deixar a mais difícil para responder depois, por exemplo”, explica o supervisor da elaboração do material, professor da Faculdade de Letras (Fale), Humberto Meira. “Antes, os que escolhiam pela Libras, assistiam ao mesmo vídeo, com um tempo de exibição determinado e contínuo, sem ter como controlar o tempo de visualização do material”, esclarece.
A aplicação do exame foi no último domingo (23) e, dos 114 inscritos, 22 optaram pela prova em Libras. “É a primeira vez que o vestibular foi dessa forma e ficamos emocionados com a realização, pois demos oportunidade real para eles [surdos] fazerem o concurso. Com o exame no computador, puderam acessar o conteúdo o quanto quiseram. Antes, assistiam a um vídeo por algumas vezes apenas e tinham que responder”, comemora a diretora do Núcleo Executivo de Processos Seletivos - Copeve, professora Marinês Coral Fagundes.
Ela conta que foram quatro meses de preparação, com investimento na montagem de cabines individuais, compra de webcam para gravação da redação, além da elaboração do material pela equipe docente do curso de Letras Libras, com apoio dos servidores da Copeve e da Assessoria de Comunicação da Ufal (Ascom). “Foi uma equipe grande, motivada. A Universidade proporcionou uma grande oportunidade para as pessoas surdas, pois para elas é mais fácil a gramática e a expressão em Libras, muito mais acessível”, destaca Fagundes.
Este foi o quinto vestibular para o curso de Letras Libras e, de acordo com o professor Humberto Meira, “a cada ano, percebe-se um avanço na qualidade técnica do material e da aplicação da prova, que também conta com a participação de professores de outras universidades em sua elaboração”.
Mais sobre a metodologia da prova
Os candidatos que optaram por fazer a prova objetiva e a redação em Libras ficaram em cabines individuais, com computador e webcam. As perguntas estavam acessíveis por meio de vídeos e as respostas deviam ser marcadas no cartão-resposta. A redação deveria ser gravada em vídeo. Já os que escolheram ser avaliados em português tiveram acesso ao exame e à redação em material impresso.