Semana de Comunicação abordou mercado e mudanças no jornalismo

Evento prossegue com programação variada até esta sexta-feira

Por Deriky Pereira - jornalista colaborador e Renata Morais- estagiária de Jornalismo
- Atualizado em
Semana de Comunicação da Ufal. Foto: Leonardo André
Semana de Comunicação da Ufal. Foto: Leonardo André

Termina nesta sexta-feira (10) a programação de mais uma Semana de Comunicação (Secom). O evento é voltado aos estudantes dos cursos de graduação em Jornalismo e Relações Públicas e visa, além de apresentar os cursos aos calouros, promover debates sobre temas variados entre os palestrantes e participantes. 

A mesa de abertura do evento, no último dia 7, teve como tema Comunicação em tempos de crise e recebeu as professoras Priscila Muniz, de Jornalismo e Manoella Neves, de Relações Públicas. Na ocasião, Priscila recordou sua jornada como jornalista de redação em Pernambuco e destacou a ascensão das redes sociais na Comunicação. No entanto, alertou que a profissão passa por uma fase difícil e destacou a importância de se pensar essa reconfiguração da profissão de jornalista. 

Para a professora, também é preciso refletir sobre o caráter de imparcialidade do jornalismo. " O que o jornalismo precisa é trabalhar dentro de uma perspectiva de ética. Não é trabalhar numa questão de fabricações, mas mostrar às pessoas que sempre vai ter um ponto de vista do jornalista, uma linha editorial do meio de Comunicação, afinal todo veículo é uma empresa", ponderou. 

Ainda no debate, a professora Manoella Neves adentrou ao tema refletindo sobre os debates atuais com vieses políticos e apontou que a comunicação é um processo. "Ela é um processo, eu preciso considerar a interlocução no momento em que eu não estou no meu trabalho, a comunicação está acontecendo. A gente tem uma comunicação processual e digo como a gente pode pensar da comunicação num sentido macro. A comunicação precisa ser o quê? O que a gente precisa fazer para repensar o Estado, as democracias? Eu tenho que pensar que somos sistemas. E esse sistema precisa ser poroso para que eu possa interagir. E tal interação pede aos interlocutores que eu considere a interlocução, sendo que, hoje, temos dificuldades de fazer essa consideração do interlocutor. Aí nos colocamos nas bolhas e não avançamos", refletiu. 

Ela apontou ainda que esse problema ocorre pela existência do que chamou de "subjetividade narcísica". Segundo ela, "pessoas estão prontas pra falar, mas não estão prontas para ouvir; para cobrar e não para fazer. Quando falei que a gente precisa de uma formação humana, é compreender o que tem acontecido para me compreender. É um cálculo. E o cálculo nem sempre fecha. Então, como a gente vai tratar cada crise?", questionou. 

Já no segundo dia do evento, a quarta-feira (8), a jornalista Gilka Mafra, o fotógrafo Jônatas Medeiros e a relações públicas kaká Marinho iniciaram as atividades com a palestra As novas formas de comunicação na Era Digital. Após os Grupos de discussão, as Mesas Paralelas seguiram até o fim da tarde, encerrando o dia com apresentações culturais. 

Os debates continuaram na tarde da última quinta-feira (09), com a palestra Quem roubou meu emprego? Mistura e limites entre jornal, RP, design e etc, ministrada pela jornalista Lays Alpino e o publicitário Igor Mêda. Em seguida, os participantes foram convidados a participar da Assembleia Geral unificada da Ufal, e retornaram para a discussão sobre o cenário do mercado. Um dos convidados foi o fotógrafo Zé da Feira. 

A programação segue até esta sexta-feira (10), para saber mais informações acesse as redes sociais da Secom https://www.instagram.com/ufalsecom/.