Pesquisa quer conhecer desafios e histórias de jovens das licenciaturas

Estudantes de licenciaturas podem participar respondendo a questionário on-line

Por Jacqueline Freire – jornalista
- Atualizado em
Isabel Cristina, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação da Ufal
Isabel Cristina, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação da Ufal

A pesquisa Mulheres estudantes em trânsitos: biografias compartilhadas sobre a mobilidade diária ao Ensino Superior, da estudante Isabel Cristina Oliveira da Silva, doutoranda em educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Ufal, sob orientação da professora Rosemeire Reis do Centro de Educação (Cedu), quer conhecer os desafios e histórias de vida das jovens dos cursos de licenciatura que se deslocam cotidianamente de municípios próximos a Maceió, para estudar no Campus. A.C. Simões da Ufal.

Para isso, as estudantes de licenciaturas são convidadas a responder um questionário sobre suas experiências na Ufal. O objetivo das perguntas é gerar informações para contextualizar os desafios estruturais e sociais deste processo no Campus. A.C. Simões, onde a pesquisa é desenvolvida. O questionário busca dados tanto para a pesquisa de Isabel, como para o estudo intitulado Pesquisa biográfica em educação, juventude e mobilização para aprender: estudo empírico e perspectivas teóricas, que faz parte do plano de trabalho da Bolsa Produtividade (PQ2) do CNPq (2019-2022) da professora Rosemeire Reis.

O questionário está disponível até fevereiro de 2021. Para participar, acesse est link. Não é necessária a identificação (nome e documentos) para respondê-lo. “Eu e a professora Rosemeire Reis trabalhamos juntas na elaboração do questionário para que o mesmo oportunize informações específicas sobre as jovens mulheres estudantes dos cursos de licenciatura em mobilidade diária ao Campus A.C. Simões, mas, também para fornecer elementos que potencializem a pesquisa maior elencada e cujo meu doutoramento está integrado. Por isso, é interessante que todos os estudantes de licenciatura, não somente as meninas, participem respondendo o questionário, assim teremos informações que permitam análises comparativas, ampliando as informações já existentes na Ufal a respeito de seu corpo discente", explicou Isabel.

“É importante a participação dos estudantes, respondendo ao questionário, para ampliarmos e visibilizarmos as discussões acadêmicas sobre seus percursos na Universidade, fomentando no âmbito nacional a relevância das políticas estudantis. Além disso, as informações configuram-se em mecanismos de defesa na manutenção e melhorias das instituições públicas de Ensino Superior e seus cursos de formação docente”, complementou a pesquisadora.

Em especial sobre a pesquisa de doutorado, Isabel conta ainda que voltou a atenção às experiências formativas que configuram o processo de pertencimento e aprendizagem de ser estudante para as jovens, pois, em seguida, visa compreender como elas significam a universidade pública em suas vidas. “As participantes da pesquisa são dos cursos de licenciatura, tendo em vista os enfrentamentos relativos ao desmonte da educação brasileira, sobretudo no Ensino Superior público, nas áreas humanas. Destacamos as mulheres como participantes, pois partimos da premissa de que ser estudante universitária diferencia-se em virtude das relações de gênero, circunscritas neste processo. Também, diferencia-se em virtude das relações singulares tecidas no e com o mundo, que envolve a forma como nos apropriamos e interpretamos em nossos percursos existenciais as instituições sociais, a exemplo dos espaços formais públicos ou privados, culturas, religião, famílias e demais contextos”, explicou.