Maratona de programação abre caminhos para o mercado de trabalho
Encontro é organizado por grupo de extensão do Instituto de Computação
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O Grupo de Extensão em Maratonas de Programação (Gema), do Instituto de Computação da Ufal, promoveu, na sexta-feira (14), a 2ª edição da competição interna de programação, intitulada Gema PC 2.0. A ideia principal é chamar a atenção do mundo empresarial e incentivar os discentes para o mercado de trabalho.
A sala de computação foi a base da maratona e os estudantes estavam de olho na tela do computador, concentrados para resolver os problemas que foram propostos. Cada equipe que se destacava recebia balões coloridos representando cada nível da competição.
Em 2015 a Ufal chegou à fase Latina pela primeira vez e repetiu o feito em 2017 e 2019. “Desde então, vem melhorando a cada ano sua participação, tendo alcançado o 19º lugar entre os finalistas brasileiros na última edição [ano passado]”, destacou Rodrigo Paes, coordenador do Gema.
Paes afirma que além de divertidas, essas competições carregam importantes experiências, que são desejadas por todas as gigantes da tecnologia. “Por isso o mercado está sempre observando essas competições e buscando seus destaques”, afirmou.
Importância da maratona
Thiago José, um dos participantes, fala sobre a importância da maratona. ‘‘Eu me convenci que o que resta no mundo são problemas para serem resolvidos e a maioria deles muito difíceis. E que eu posso me tornar um profissional competente à medida que estou apto a resolver problemas mais complexos dentro da minha área. Meu interesse pela maratona de computação foi justamente poder melhorar como profissional’’, completou.
Além do coordenador Paes, o Gema conta com a colaboração dos alunos Nelson Gomes Neto, Thiago José, Alfredo Lima, Romário Pantaleão e Jackson Barbosa. O projeto traz frutos de trabalhos que são realizados pelos próprios estudantes para chamar atenção das grandes empresas e, assim, poder dar oportunidades para o mercado de trabalho. Neto é exemplo disso. Ele conseguiu estágio por meio do projeto Gema: ‘‘É muito gratificante, se você é dedicado e quer que aconteça então vai acontecer. No primeiro ano, não fui para etapa regional, mas no segundo consegui. Desde então, já deu para perceber que existe uma certa visibilidade no meu trabalho; não é apenas teoria’’.
Segundo Thiago José, estudantes de diversos cursos da Ufal podem participar, só é necessário atentar para um requisito básico: ‘‘É preciso saber sobre programação e contatar um dos nossos membros para se inserir no grupo e, a partir disso, participar dos nossos treinamentos semanais’’, disse.
Túlio Cerqueira Lopes, estudante do curso de Engenharia de Computação e um dos participantes da maratona, comenta a importância da competição que abre portas e oportunidades. “O nível nacional e global é fundamental, porque várias empresas de tecnologia de grande porte, buscam alunos que se destacam para serem contratados em várias áreas”, revelou.
Anderson Alves, estudante do curso de Engenharia de Energia, afirma que o importante é treinar sempre. “Os desafios que encontramos aqui [na maratona] mostram para a gente como são eles complexos, por isso estamos sempre treinando e constante evolução”, confirmou.
Sobre o Gema
O Gema foi criado em 2019, com a participação dos alunos Thiago José, Jacksom Barbosa e Nelson Gomes e pelo professor Rodrigo Paes. O grupo tem o intuito de trazer a cultura de programação competitiva para a Ufal, tendo como pontapé inicial as participações nas maratonas de programação.
De acordo com a organização, a maratona de programação é um evento da Sociedade Brasileira de Computação que existe desde 1996. Atualmente, o evento vem sendo realizado em parceria com a Fundação Carlos Chagas. A competição nasceu das regionais classificatórias para as finais mundiais do concurso de programação da ACM (International Collegiate Programming Contest) que é parte da regional sul-americana do concurso.
Os organizadores do evento comemoram as conquistas do Gema, que está trazendo bons resultados para a Ufal, expandindo horizontes e inaugurando subgrupos para competições em Segurança da Informação e Inteligência Artificial. “Nosso grupo também tem por finalidade viabilizar aulas para alunos do ensino médio e turbinar o desempenho escolar na OBI [Olimpíada Brasileira de Informática]”, revelaram.