Propep esclarece funcionamento da pós-graduação na pandemia
Atividades foram ajustadas para serem mantidas; aulas presenciais seguem suspensas
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A Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) esclarece algumas dúvidas sobre o funcionamento dos cursos de pós-graduação, lato e stricto senso, na Ufal durante o período de quarentena decorrente da pandemia da covid-19. As informações foram fornecidas pelo professor Walter Matias, responsável pela Coordenação de Pós-graduação (CPG).
De acordo com Matias, a Propep segue as portarias da Capes sobre a rotina nas pós-graduações e as orientações do Plano de Contingenciamento da Ufal, que estabelecem a suspensão de aulas presenciais. No entanto, permanecem mantidos os prazos de conclusão dos trabalhos de pesquisa. “Quem tem bancas de qualificação ou defesa para os meses de abril, maio e junho deve agendar. As bancas podem acontecer por videoconferência ou por meio de parecer dos examinadores”, explicou o coordenador.
Foi o que aconteceu com a agora mestre em Nutrição Giovana Montemor, que defendeu sua dissertação por meio de plataforma online, no último dia 30 de março. Além disso, o discente que fizer parte do grupo de risco, aquele com maior chance de se contaminar com o novo coronavírus, deve comunicar ao programa correspondente para que colegiado tome as devidas providências, considerando o preconizado pelo Ministério da Saúde. Matias esclarece ainda que os prazos não se alteram, mas a depender de cada caso poderá haver prorrogação da defesa ou da qualificação desde que justificada dentro das normas.
Assim como acontece nos cursos de graduação, haverá reposição de aulas na pós-graduação. E enquanto as atividades presenciais não são retomadas, os estudantes podem ser assistidos por meio eletrônico: por e-mail ou pelo Whatsapp que cada programa tem disponível para as demandas administrativas. Os discentes podem ainda contar com acesso ao Sistema de Gestão de Ações Acadêmicas (Sigaa).
Sobre o pagamento das bolsas de estudo
Walter Matias destaca que as bolsas estão sendo pagas normalmente. “A Capes entende que o bolsista está na ativa e está recebendo e a depender da natureza da pesquisa, área de conhecimento e estágio do desenvolvimento da pesquisa, algumas rotinas dos bolsistas não mudaram. Em outros casos, a rotina do bolsista deve ser repensada em conjunto com quem o orienta e no grupo de pesquisa ao qual está cadastrado como pesquisador”, alertou. Assim não haverá prejuízo no recebimento de bolsas pagas pela Capes.
Outras atividades remotas podem e devem ser fomentadas pelos grupos de pesquisa ou linhas de pesquisa. O importante é que cada programa cadastre as atividades desenvolvidas no Sigaa.
Exemplos de como os cursos podem manter suas atividades não faltam: alguns programas de pós-graduação propuseram seminários online, apresentação de pôsteres online, lives e videoconferências.
O coordenador informa que os periódicos Qualis também mantiveram o recebimento de artigos, o que já enseja a produção de trabalhos no contexto de quarentena. A própria Capes lançou no dia 6 de abril edital para o financiamento de até 30 projetos que tratem sobre estudos nas áreas de Epidemiologia, Infectologia, Microbiologia, Imunologia, Bioengenharia e Bioinformática, com um investimento total estimado em R$ 70 milhões. Conforme o professor Walter Matias: “Não faltam recursos remotos que ajudam na produção de conhecimentos”.