Projeto Mulheres nas Exatas promove mais um curso na modalidade virtual
Participantes vão aprender a usar ferramentas do editor Latex; atividade será no final de setembro
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As integrantes do projeto Mulheres nas Exatas, do Instituto de Matemática da Ufal (IM) já se preparam para a segunda temporada de atividades de 2020. O próximo curso está marcado para o mês de setembro e vai explorar as possibilidades do Latex, um editor de texto científico específico da área, que cria equações em formato de gráficos.
As aulas on-line serão ministradas pela aluna de iniciação científica do projeto Fernanda Tenorio, do curso de Engenharia Civil, e mediadas pela professora Juliana Theodoro, que vai interagir com os inscritos e tirar dúvidas. O curso será nas duas últimas segundas e quartas-feiras de setembro, dias 21, 23, 28 e 30, e as informações sobre as inscrições serão divulgadas no Instagram do projeto @mulheres_nas_exatas_im_ufal.
“A necessidade de se abordar o tema sobre a baixa procura das mulheres nas áreas de exatas, faz com que o projeto continue de forma on-line por causa da pandemia. A movimentação e a procura das jovens que vêem o projeto não só como aprendizagem da ciência, mas principalmente como incentivo para elas na luta contra o sexismo na academia, motiva toda a coordenação a continuar, mesmo diante de desafios, como a falta de apoio financeiro”, ressaltou Juliana, enfatizando as dificuldades para a segunda temporada.
E segue otimista: “Isso não será motivo para que a luta contra a igualdade de gênero na academia diminua. Mulheres estão constantemente expostas a desafios de vários tipos, e isso nunca foi motivo para cessar a luta. Ficamos felizes inclusive com a procura de jovens do gênero masculino para participar dos nossos cursos ministrados 100% por mulheres cientistas. Isso nos dá esperanças de um futuro mais igualitário para as mulheres, quem sabe um futuro não tão distante assim”.
De acordo com a coordenadora, a segunda temporada do projeto pretende repetir o sucesso de engajamento do curso de robótica ministrado no mês de julho. Sob a instrução da graduanda Janaine Ferreira dos Santos e mediação da professora Juliana, a atividade abordou a programação em arduíno, que é uma plataforma de código aberto para fazer projetos de eletrônica.
Sucesso da “Larissinha”
Com o intuito de envolver mais meninas na área de exatas, os cursos promovidos por meio digital, durante a pandemia, são atrativos e interativos para executar em casa. No curso de robótica os participantes criaram desde códigos simples a programação de uma robô apelidada de Larissinha.
“Fizemos o programa de uma ligação de um poste de eletricidade, introduzimos a necessidade de inserir botões num arduíno para acender uma lâmpada; fizemos a programação de uma campainha de casa e a programação de uma caixa de música”, contou Juliana sobre as atividade iniciais, e detalhou como foi o desfecho do curso: “Dia de programar a robô Larissinha e testar em peças reais, via vídeos, sobre sua montagem e funcionamento aplicando todas as estruturas contidas nas programações dos dias anteriores”.
Todo o material utilizado no curso e as gravações dos quatro dias estão disponíveis aqui.
Sobre o projeto
O desafio é chamar a atenção de jovens mulheres para a ciência, utilizando métodos lúdicos, como jogos e oficinas com uma abordagem mais atrativa para as tecnologias e exatas.
Coordenado pela professora e vice-diretora do IM, Juliana Lima, com o apoio de graduandas de iniciação científica da Universidade e de professoras das escolas participantes, mensalmente, são realizadas atividades experimentais para meninas do ensino fundamental e médio da rede pública de Alagoas.
O projeto Mulheres nas Exatas contemplou cinco escolas em Maceió e três unidades de ensino em Arapiraca, na sua primeira temporada.
Na equipe, além de Juliana Theodoro de Lima, docentes colaboradoras que são referências como Viviane de Oliveira Santos (IM), Lidiane Omena Leão (Física-Arapiraca) e Fernanda Selingardi (IF). “Nosso projeto tem como objetivo incentivar as meninas desde os ensinos básicos a buscar compreender e dá-las o incentivo de gostar das áreas de exatas e tecnologias. Além disso, buscar com a experiência de vida como profissionais nessas áreas, discutir de maneira responsável e com profissionais responsáveis, os problemas que podemos encontrar sendo do gênero feminino”, destaca.