Diálogos críticos: pesrpectivas de currículo em conflito é tema de debate

Mais um encontro do Diálogos Criticos em Rede irá debater avanços e retrocessos no campo das políticas curriculares

Por Paulo Canuto, estudante de jornalismo
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A Rede Diversidade e Autonomia na Educação Pública (Redap), com apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), dá continuidade ao evento Diálogos Críticos em Rede, que em seu penúltimo encontro aborda o tema “Autonomia, controle, padronização e diversidade: Perspectivas de currículo em conflito”, nesta sexta-feira (23), às 15h, com transmissão pelos canais da Proex/Ufal, Redap e Ufal no Youtube.

Um dos focos do encontro é discutir sobre os desafios necessários para enfrentamento no sentido de superar as políticas curriculares empreendida no atual governo, a partir da implementação da Base Nacional Comum Curricular, que está voltada à padronização das propostas curriculares das escolas, retirando das instituições de ensino e dos profissionais da educação a autonomia para pensar seus projetos curriculares, considerando a especificidades e necessidades históricas dos sujeitos e seus contextos.

O professor Elmo de Souza Lima , do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí (PPGE/UFPi) ressalta a importância da discussão sobre o tema: “Nosso debate estará voltado para a discussão dos avanços conquistados nos últimos 20 anos no campo das políticas curriculares, fruto das lutas dos movimentos sociais em defesa da democratização da escola, que se pauta no reconhecimento da diversidade de conhecimentos e saberes produzidos historicamente pelos diferentes grupos sociais   currículo acerca” .

No caso específico do currículo, foco do debate, presenciamos a implementação de um conjunto de políticas voltadas a padronização das propostas pedagógicas e curriculares das escolas, atrelando-as aos interesses do mercado de trabalho e do capital, em detrimento da formação de cidadãos críticos, capazes de compreender o contexto sócio histórico, político e econômico no qual estão inseridos e atuar no sentido de transformar as condições de injustiças e desigualdades que permeiam historicamente a realidade brasileira.

A Rede Diversidade e Autonomia na Educação Pública – Redap é um coletivo formado por professores/as e pesquisadores/as da educação básica e superior, que assumem o compromisso de fortalecer as teorias e práticas contra hegemônicas no campo educacional brasileiro, onde o objetivo é reunir e disseminar estudos, práticas e indagações que contribuam para a elucidação dos rumos das políticas educacionais no Brasil, sobretudo, no campo do currículo, da formação de professores, gestão e avaliação. E, ao mesmo tempo, mobilizar os sujeitos envolvidos com o campo educacional no Brasil.

Fazem parte da REDAP: Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade de Brasília (UNB); Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Piauí (UFPI); Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB); Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Instituto Federal do Ceará (IFCE); Instituto Federal do Sertão-PE (IF Sertão PE); Instituto Federal Baiano Senhor do Bonfim (IF Baiano), Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Estadual de Roraima(UERR); Universidade Estadual do Amapá (UEAP); Universidade Estadual de Feira de Santana/Bahia (UEFS) e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).