Defesa da Educaçao Pública finaliza projeto de rodas de conversa da Redap
Lives estão disponíveis no Youtube
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A Rede Diversidade e Autonomia na Educação Pública (Redap), com o apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Alagoas, realizou a última atividade do evento Diálogos Críticos em Rede. Foram seis encontros abordando e debatendo assuntos relacionados à educação básica e superior e à formação crítica de professores dessas duas redes, uma abordagem também crítica da atual situação por que passa o país diante da pandemia da covid-19, que tem tornado mais agudos os problemas sociais Os Diálogos foram transmitidos pelos canais da Proex/Ufal, Redap e Ufal Oficial no Youtube.
A professora Ana Vergne, do Centro de Educação da Ufal (Cedu) e integrante da Redap, entende que o tempo atual é de recrudescimento dos ataques às universidades públicas, à educação pública, e que uma das saídas possíveis é fazer uma frente de resistência a esses ataques. “Nós, que estamos construindo a Redap, organizados coletivamente e representando uma diversidade de realidades -de experiências em ensino, pesquisa, extensão e vinculados a universidades e institutos federais, a movimentos sociais e sindicais-, somos um coletivo de mais de 20 instituições públicas de educação básica e superior do Brasil e estamos ousando e resistindo a estes ataques ampliados e em expansão, desde o governo de Michel Temer em 2016 e intensificados pelo atual governo brasileiro”, defendeu a professora.
O coordenador de extensão da Ufal, professor Cézar Nonato, ressalta a importância de um evento dessa natureza e da possibilidade de aproximação com a rede Redap. “O evento Diálogos Críticos em Rede se constituiu num importante espaço de reflexão e debate sobre aspectos muito caros para a construção de uma educação libertadora, para fazer aqui alusão a Paulo Freire. Temáticas como autonomia, emancipação, diversidade, luta contra a precarização do trabalho dDocente, dentre outras figuraram como bússola em debates e partilhas de conhecimentos muito ricos e profundos. Foi um privilégio ter tido a possibilidade de veicular o evento e de nos aproximarmos da Redap, pois fortalece a função social da Universidade, ao mesmo tempo que nos conecta com outras universidades na luta pela melhoria da educação pública do nosso país”, comemorou o professor.
O evento também buscou ampliar e aprofundar o que já estava sendo debatido nas publicações Diálogos Críticos, lançadas em 2019, que debate sobre as reformas educacionais e seus impactos, suas contradições, os desafios e as possibilidades trazidas para a educação pública do país . “A série Diálogos Críticos em Rede objetivou estimular o interesse de professores e estudantes de licenciaturas para o tema e lançou a Rede Diversidade e Autonomia na Educação Pública – Redap, que reúne 21 Institutos ou instituições de ensino superior de várias regiões do país. Cumprimos a tarefa inicial de fazer o debate em rede e de forma leve. Agora, temos a missão de fazer esses diálogos circularem para que possamos fortalecer direitos e combater o processo de empresariamento que se acentua e ameaça a educação pública na sua perspectiva transformadora”, explicou a professora Ivania Freitas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
A Redap é um coletivo formado por professores e pesquisadores da educação básica e superior, que assumem o compromisso de fortalecer as teorias e as práticas hegemônicas no campo educacional brasileiro, onde o objetivo é reunir e disseminar estudos, práticas e indagações que contribuam para a elucidação dos rumos das políticas educacionais no Brasil, sobretudo, no campo do currículo, da formação de professores, gestão e avaliação. E, ao mesmo tempo, mobilizar os sujeitos envolvidos com o campo educacional no Brasil.
Fazem parte da Rede as universidades federais de Alagoas (Ufal); da Bahia (UFBA); de Campina Grande (UFCG); do Recôncavo da Bahia (UFRB); do Pará (UFPA); do Rio de Janeiro (UFRJ); do Amapá (Unifap); do Pará (UFPA) e do Piauí (UFPI); Universidade de Brasília (UNB); Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab); Universidade do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); os institutos federais do Ceará (IFCE); do Sertão-PE (IF Sertão PE) e Baiano Senhor do Bonfim (IF Baiano); a Universidade do Estado da Bahia (Uneb); as universidade estaduais de Londrina (UEL); de Roraima(UERR); do Amapá (Ueap) e de Feira de Santana/Bahia (UEFS); e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).
“Ousando e resistindo, porque, através das ações da Rede, com a publicação dos volumes dos Diálogos Críticos e com a realização do conjunto de Rodas de Conversa que nomeamos Diálogos Críticos em Rede, trouxemos uma pauta fundamental para pensar nossa realidade e reafirmar o sentido político da Educação, enquanto elemento sem o qual não se dará a transformação e a superação das desigualdades sociais profundas que vivemos. Penso que o conjunto dos Diálogos que realizamos se constitui em um material riquíssimo para a formação de nosso estudantes e também para nós, professores, seja da educação básica ou superior”, finalizou a professora Ana Vergne.
As lives de todos esses conhecimentos formativos continuarão disponíveis nos canais da Proex, Redap e Ufal.