Calourada do Campus Arapiraca destaca os desafios da pandemia
Os palestrantes refletiram sobre a complexidade de adaptar a vida universitária ao espaço virtual
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A recepção aos novos estudantes do período letivo 2020.2, do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), aconteceu em uma transmissão ao vivo no canal do Youtube da Ufal, com tradução na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), feita pelos técnicos Luana Leite, Edilene Silva e Valdir Lima.
Foram recepcionados estudantes dos cursos de Administração de Empresas, Agronomia, Educação Física, Enfermagem, Medicina, Pedagogia e Química, que funcionam na sede do Campus Arapiraca. Na Unidade de Palmeira dos Índios, entraram calouros e calouras de Psicologia; e na Unidade de Penedo: Ciências Biológicas, Sistemas de Informação e Turismo.
A saudação inicial foi feita pelo diretor-geral do Campus Arapiraca, professor Arnaldo Tenório da Cunha Júnior. Ele fez uma apresentação rápida de toda a equipe de gestão e representantes dos segmentos. Em seguida, manifestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas da pandemia de Covid-19. “Aguardamos as iniciativas governamentais para evitar que mais vidas sejam perdidas. Manifesto também a nossa indignação com os cortes no orçamento das universidades públicas federais justamente quando o conhecimento científico é tão necessário”, destacou o diretor.
O professor Elthon Allex da Silva Oliveira, diretor acadêmico do Campus Arapiraca, também avaliou a atual conjuntura e exortou os novos estudantes a participarem do movimento estudantil. “É importante que vocês se organizem e nos ajudem a cobrar melhorias para a Universidade. Não é porque estamos na gestão que sabemos de tudo. Vocês podem contribuir apresentando os problemas e as propostas de soluções. Queremos ajudar vocês a terem a melhor experiência, apesar desse difícil cenário”, saudou o professor.
A professora Marli Araújo Santos, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Arapiraca, também destacou: “É esse Núcleo que hoje trabalha junto com a Copeve e a Prograd na garantia de acesso aos nossos alunos negros e indígenas, por cotas. Essa é uma conquista da luta pela reparação da dívida histórica que esse país tem, após quase 400 anos de escravidão. O Neabi tem 40 anos na Ufal, fomos pioneiros no Brasil, junto com a Bahia. É emblemático, já que nós somos a terra do Quilombo dos Palmares. ”, contextualizou a coordenadora.
Após a fala da professora Marli, foi instalada a mesa-redonda com o tema: Os desafios do Ensino Superior e a Pandemia de Covid-19. Participaram os professores: Tereza Albuquerque, Guilherme Fonseca, Antônio Cesar de Holanda e Maria Amélia Corá; e a estudante Maria Clara Lopes, do curso de Psicologia da Palmeira dos Índios. O mediador foi o professor Rodolfo Carneiro Cavalcante.
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