Capes seleciona 6 alunos de doutorado da Ufal para estudar no exterior
Eles vão integrar programa de pós-graduação sanduíche na Espanha, Inglaterra, Finlândia, Estados Unidos e Portugal
- Atualizado em
A Chamada pela Capes para o conhecido Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) selecionou alunos de cinco programas de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas para cursarem parte do doutorado em universidades da Espanha, Inglaterra, Finlândia, Estados Unidos e Portugal. Com rigorosos critérios, essa modalidade de programa, tem a finalidade de fomentar o intercâmbio científico e a qualificação acadêmica de discentes do Brasil por meio da concessão de bolsas para um período mínimo de quatro e máximo de seis meses.
Na Ufal, conforme seleção, foram contemplados seis alunos oriundos dos programas de pós-graduação em Materiais, Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, Química e Biotecnologia, Física e Ciências da Saúde. São eles: Eduardo Quintella Florêncio vai para Loughborough University, Inglaterra; Felipe Alexandre Vieira, para University of Helsinki, Finlândia; Amanda Larissa Dias Pacheco, para Universidade de Salamanca, Espanha; José Guimarães Ferreira de Lima Junior, para The University of Kansas, Estados Unidos; Leonardo Sobreira Rodrigues, para Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Portugal; e Luan Felipe Santos Martins, que vai estudar na Donostia Internacional Physics Center, Espanh.
“Desde a graduação, a ciência vem me conquistando. Estou tendo uma oportunidade maravilhosa de ter um conhecimento no exterior, o que foi sempre um sonho meu. Também, é importante levar nosso estudo, nosso estado e nossa universidade para o mundo”, frisou Amanda Pacheco, aluna do doutorado em Ciências da Saúde.
Desde a graduação em Farmácia, em 2013, ela diz que participa de pesquisas e faz parte do Laboratório de Neurofarmacologia e Fisiologia Integrativa (LNFI) da Ufal. Com uma dinâmica carreira acadêmica, Amanda aproveita para enaltecer o seu orientador, Olagide Castro, uma referência para ela no que diz respeito ao desenvolvimento de estudos científicos conectados com pesquisadores de todo mundo. No doutorado, ela desenvolve um estudo sobre o uso de crack durante a gestação e quais os efeitos nos filhos. A pesquisa já gerou um artigo que foi publicado em periódico internacional.
Aluno do doutorado em Física, Luan Felipe Martins diz que para a carreira dele, participar do Programa Sanduíche será um passo fundamental, uma vez que o seu projeto é de colaboração com um pesquisador de excelência, o professor Roman Orús. “Ele é uma grande referência na área de investigação numérica de fenômenos quânticos na matéria e mais recentemente computação quântica”, enfatizou. Luan vai para o Donastia Internacional Physics Center, na Espanha, um centro de referência no estudo teórico e experimental de fenômenos quânticos em materiais.
Editais internos
Sobre o processo de seleção para participação no Programa Sanduíche no Exterior, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Iraildes Assunção, explica etapas definidas. A partir da Chamada pela Capes, é de responsabilidade da Propep promover ampla divulgação entre os Programas de Pós-graduação em nível de doutorado no âmbito da instituição, assim como cabe à Pró-reitoria a orientação na elaboração de editais internos para seleção dos discentes.
“A Propep tem o compromisso de orientar o candidato quanto ao cumprimento das normas do Regulamento para Bolsa no Exterior da Capes e homologar as inscrições dos candidatos aprovados no processo de seleção interna, conforme normas e cronograma previstos no Edital. Também cabe à Pró-reitoria, manter a Capes devidamente informada de qualquer alteração no desenvolvimento das atividades realizadas pelo bolsista no exterior, assim como, cumprir as exigências relativas aos compromissos da instituição com a Capes ao final de cada bolsa concedida no Programa”, reforçou. Ele disse ainda que “é de responsabilidade da Propep a gestão da bolsa durante o período em que o discente estiver no exterior”.
Iraildes aproveita para dizer que a Ufal está apta a participar do Programa Sanduíche em diferentes países e que a escolha da universidade do exterior é definida pelo pesquisador e orientador do discente em comum acordo com o pesquisador da instituição estrangeira. Sobre o que representa a seleção, pela Capes, de seis doutorandos da instituição alagoana, Iraildes enfatiza que, de acordo com o Plano Institucional de Internacionalização da Ufal, o estágio dos discentes contempla, entre outras positividades, as necessidades de capacitação de recursos humanos altamente qualificados com ênfase na inovação científica e tecnológica na pós-graduação.
E destaca: “Possibilita, também, a consolidação do programa de internacionalização, induzindo políticas de internacionalização da Ufal, domínio de proficiência em diferentes línguas e buscar a excelência acadêmica na pós-graduação. Nessa perspectiva, a oportunidade do doutorado sanduíche e a internacionalização atendem ao que está previsto no plano institucional, à medida que os nossos discentes bolsistas são incentivados a passar por uma seleção interna e, posteriormente, serem contemplados com bolsas de doutorado nessa modalidade”.
A promoção de grupos de cooperação científica internacional, a visibilidade internacional dos PPGs da Ufal e a formação de recursos humanos de alto nível para inserção nos meios acadêmicos, de ensino e de pesquisa no estado de Alagoas, também estão entre as positividades proporcionadas pelo programa, citadas pela pró-reitora.
Mais agilidade
O Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior foi instituído em 2011, em substituição aos Programas de Doutorado Sanduíche Balcão e ao Programa de Doutorado no País com Estágio do Exterior (PDEE). A alteração visou dar maior agilidade no processo de implementação das bolsas de estágio de doutorado no exterior. Desde então, a Capes tem lançado a Chamada anualmente.
Iraildes diz que o investimento da Capes nessa modalidade de programa tem possibilitado um ganho indiscutível na qualidade da formação de doutorandos e na ampliação de pesquisas consolidadas nas diferentes áreas do conhecimento, com avanços articulados na consolidação do conhecimento, bem como, nas relações que são estabelecidas entre pesquisadores brasileiros e de instituições internacionais de excelência.
“Além do mais, podemos relacionar outros benefícios, como resultado da experiência para os discentes [doutorandos], tais como: aspectos culturais, imersão em outra língua, a percepção de outros tipos de comportamentos, de culturas diferentes. É inquestionável o impacto benéfico dessa experiência para os nossos discentes”, destacou Iraildes.