Núcleo faz análise preliminar do que foi o PLE para estudantes com deficiência

O Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade (Needi) da Universidade Federal de Alagoas está realizando uma pesquisa para saber como os alunos com deficiência enfrentaram as aulas remotas do Período Letivo Excepcional (PLE). De acordo com nota divulgando os dados iniciais do que já foi coletado, o resultado preliminar mostra que esses universitários relataram algumas situações vivenciadas que dificultaram a aprendizagem e que isso causou estresse e dificuldade de concentração nas aulas.

Segundo a nota, as dificuldades encontradas pelos estudantes com deficiência “implicam negativamente na sua participação e na sua aprendizagem, tais como: instabilidade da internet; falta de acessibilidade dos ambientes virtuais de aprendizagem e dos recursos pedagógicos; despreparo de professores para o ensino inclusivo da pessoa com deficiência e situações de invisibilidade e negligência.”

Diante destes resultados, a equipe do Needi recomenda que esses estudantes, foco da pesquisa, sejam ouvidos, “de modo que possamos conhecer suas necessidades específicas e torná-los partícipes do processo de ensino e aprendizagem. Tal ação tem o intuito de criar diferentes estratégias e recursos pedagógicos, em conjunto com o sujeito que fará uso, de maneira a atender às suas necessidades educacionais específicas mediante as suas condições objetivas.”, continua a nota.

O documento afirma, ainda, que “este estudo teve a possibilidade de realizar a escuta das pessoas com deficiência durante o período de pandemia, no contexto de ensino remoto, o que permitiu conhecer as suas necessidades no processo de aprendizagem e na permanência na educação superior. Tais resultados podem ser utilizados pelos gestores institucionais no planejamento e implementação de ações que superem as lacunas identificadas”.

Para conseguir mais informações e mais opiniões dos estudantes com deficiência, a equipe do Needi convida mais alunos desse grupo a responderem ao questionário on-line. “Eles têm de estar cursando disciplinas ofertadas no período remoto para que possamos continuar a analisar a experiência e identificar as demandas para a sua permanência na educação superior”, diz o texto da nota.