Estudantes estrangeiros se preparam para o Celpe-Bras com aulas na Ufal
Exame é uma exigência para quem se interessa em estudar ou trabalhar no Brasil
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Um projeto coordenado pela professora Eliane Vitorino, do curso de Letras do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, está auxiliando 20 estudantes de nacionalidades diferentes, que desejam estudar ou trabalhar no Brasil. Eles estão se preparando para o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), o exame que certifica a proficiência em Língua Portuguesa para estrangeiros.
Isso foi possível graças à primeira edição do Programa de Mobilidade Virtual Internacional, intitulado Destino Brasil, lançado pela Rede Andifes. A professora Eliane conta que submeteu projeto com apoio da Assessoria de Intercâmbio Internacional (ASI) da Ufal e a principal conquista do projeto é colocar a instituição no quadro de universidades com potencial para se tornar um posto aplicador do Celpe-Bras. “Ter essa importante ação acontecendo na Ufal valoriza as demais promoções que visam à internacionalização de nossa Universidade”, comemorou.
O Celpe-Bras é único teste de proficiência em Português como língua adicional reconhecido pelo governo brasileiro. Desenvolvido pelo Ministério de Educação e Cultura, com apoio do Ministério de Relações Exteriores, as provas são realizadas em postos aplicadores –universidades e centros de idiomas no Brasil e no exterior.
Internacionalmente, o certificado é aceito em empresas e instituições de ensino como comprovação de competência na língua portuguesa. No Brasil, é exigido pelas universidades para ingresso em cursos de graduação e em programas de pós-graduação, assim como para validação de diplomas de profissionais estrangeiros que têm por intenção trabalhar no país.
“Ter alunos de diferentes nacionalidades é tratar com diferentes formas de ver o mundo, com culturas diversas, buscando uma lente única, que é a Língua Portuguesa. Essa heterogeneidade é comum em aulas de Português como língua estrangeira e o desafio maior é sempre abrir o olho intercultural dos alunos, para que haja empatia ao reconhecer a língua e a cultura do outro como tão válida e tão legítima quanto a nossa”, explicou Vitorino.
As aulas estão ocorrendo via Google Meet, com encontros síncronos às quartas-feiras e atividades assíncronas pelo Google Classroom. A abordagem segue o construto do exame Celpe-Bras, cuja concepção de língua e linguagem e, consequentemente, de proficiência, volta-se para o uso da língua em situações reais de comunicação.
“Assim, a cada semana, são propostas tarefas que visam conhecer a capacidade linguística e interacional que os cursistas têm em Língua Portuguesa. A didática é basicamente produção, revisão e reflexão sobre a produção, pois os alunos realizam uma tarefa, postam-na na plataforma, eu avalio, faço as considerações individualmente e, no encontro síncrono, discorro sobre as possibilidades de ampliação de suas competências linguísticas e interacionais”, disse a professora.
“Tivemos uma simulação da prova oral, com duas cursistas. Simulamos exatamente como se o exame fosse. Ao final, fiz a avaliação de ambas e compartilhei na plataforma para que todos os demais possam acessar e, a partir da avaliação, consigam perceber em que as avaliadas tiveram êxito e em que pontos falharam e, com isso, consigam pensar em formas de atuar com confiança e conseguir o resultado que almejam.”, concluiu.