Cinema nas Redes tem a participação de estudante de Comunicação da Ufal

Primeira live de Wilson Belarmino já está disponível no perfil do estudante no Instagram

Por Lenilda Luna - jornalista
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Wilson Belarmino, estudante do curso de Comunicação Social – Relações Públicas, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é o representante do Estado no Circuito Universitário de Cinema. Ele participa como agente mobilizador, fomentando e divulgando os filmes produzidos pela MPC Filmes, sobre temas como Direitos Humanos, equidade de gênero e violência contra a mulher.

A produtora, fundada em 1982, realiza essa mostra há 20 anos. Desta vez, por conta da pandemia de covid-19, o evento está sendo realizado de forma virtual, e foi intitulado Cinema nas Redes. A produção selecionou um estudante por estado para contribuir na divulgação e debate, nas redes sociais, das temáticas dos filmes, promovendo o debate no âmbito acadêmico, mas aberto ao público em geral.

A temática deste ano é Mulher, com a apresentação de quatro filmes: Mexeu com uma, mexeu com todas; Carne; Nunca mais serei a mesma e Seremos ouvidas. O primeiro debate on-line foi realizado na terça-feira (21), com a participação de Manoel Pinto, pesquisador e representante do Instituto Social de Cultura e Masculinidades (Icem); e Dara Souza, estudante do curso de Pedagogia (Ufal) e educadora infantil. Clique aqui e confira.

Manoel Pinto é o criador da startup de impacto social Ser Cabra Macho (@sercabramacho). Durante a live, ele destacou a cultura patriarcal e machista do Nordeste, criando mitos de valentia e violência. “No Nordeste temos estereótipos do cabra macho e eu fui entender como isso nasceu. Onde surge o coronel, o jagunço. Por que Lampião é mitificado, um cara que era estuprador e passava a peixeira na cara das mulheres? São mitos que incentivam a naturalização da violência”, questionou Manoel.

Dara Souza ressaltou que, com o acesso às tecnologias que a sociedade tem hoje, é preciso buscar conhecimento para termos uma convivência melhor, com mais respeito ao crescimento de cada pessoa. “É preciso ter uma noção sobre com o que estamos gastando o nosso tempo na internet, quando temos essa facilidade de buscar informação sobre qualquer assunto”, aconselhou a educadora.

A próxima live será realizada nesta quinta-feira (23), às 19h, no perfil @blarmno, no Instagram, sobre o filme Seremos ouvidas, com a participação de Gabizinha Tavares, advogada criminalista. O documentário chama a atenção para a invisibilidade da mulher surda. "Se no mundo dos ouvintes os processos de invisibilização das mulheres já são constantes, tudo se torna infinitamente mais complicado e potencialmente violento quando discutimos sobre direitos entre a comunidade de mulheres surdas. O filme traz depoimentos fortes de três dessas mulheres que contam sobre suas experiências enquanto feministas que precisam superar vários obstáculos a mais dentro de uma sociedade patriarcal"