Estudante de doutorado da Ufal realiza pesquisas em universidade da Argentina
Trabalho vai investigar o comportamento suicida em um modelo animal
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Ter a oportunidade de uma colaboração científica internacional é o sonho de muitos estudantes pesquisadores. Dedicada a um projeto pelo doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Ufal, a chance chegou para Ellyda Costa, que até o mês de novembro vai desenvolver atividades no Laboratório de Cronobiologia da Universidade Nacional de Quilmes (UNQ), na Argentina.
“Estou muito feliz pela oportunidade, está sendo uma experiência única para expandir meu conhecimento como pesquisadora ao mesmo tempo que desfruto do privilégio de conviver com outra cultura e idioma”, destacou Ellyda.
As atividades estão relacionadas com o projeto de pesquisa aprovado em Edital Universal do CNPq, que custeou passagens e outras despesas, e é coordenado pelo orientador de Ellyda no doutorado, o professor Tiago Andrade.
“Esse tipo de intercâmbio é fundamental para o desenvolvimento da pesquisa local e para uma formação mais qualificada de novos pesquisadores. A experiência internacional em um Laboratório de referência na área irá potencializar o doutoramento de Ellyda, não apenas na sua qualificação técnica, mas também na sua percepção crítica do fazer Ciência no Brasil e no mundo”, reforçou Andrade.
Conheça mais sobre o Laboratório de Cronobiologia da UNQ.
Pesquisa internacional e incentivo
O projeto coordenado pelo professor Tiago no Centro de Medicina Circadiano da Ufal conta com a colaboração dos pesquisadores Patrícia Agostino, Juan Chiesa e Diego Golombek, da UNQ. Essa parceria viabilizou a visita técnica da estudante no país vizinho.
Intitulada Ritmo circadiano, tomada de decisão e perfil transcriptômico do córtex pré-frontal de camundongos expostos ao aumento gradual de fotoperíodo, a pesquisa pretende investigar alterações comportamentais e possíveis mecanismos neurobiológicos associados com a sazonalidade do comportamento suicida em um modelo animal.
“Estamos reproduzindo nosso protocolo de transição de fotoperíodo e investigando quais são os efeitos ocasionados no comportamento associado à motivação por recompensa através de testes comportamentais e práticas moleculares”, explicou Ellyda.
A doutoranda conta que tem sido um período bastante proveitoso. Desde o mês passado ela embarcou para a Argentina e disse que foi bem recebida por professores e pós-graduandos da UNQ. “Essa parceria se configura como uma ótima oportunidade para a internacionalização e ampliação das pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Medicina Circadiano, contribuindo também para o desenvolvimento da ciência em nossa Universidade e país”, destacou.
Entusiasmado com os resultados que possam surgir desse intercâmbio, o professor ressalta a importância do incentivo às pesquisas acadêmicas: “Precisamos garantir os recursos necessários para as universidades e aumentar os investimentos em pesquisa, para que outros estudantes de graduação e pós-graduação, a exemplo de Ellyda, possam também ter essa vivência internacional”.