Congressos acadêmicos debatem iniciação científica e tecnologia nas universidades
Mesa de abertura celebrou a oportunidade de reunir a comunidade acadêmica depois de dois anos de isolamento
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Após um longo período de trabalhos remotos e congressos virtuais, por conta das restrições impostas pela pandemia da covid-19, a solenidade de abertura do 32º Congresso Acadêmico de Iniciação Científica (Caic) e do 15º Congresso Acadêmico de Iniciação Tecnológica (Cait), que lotou o auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi marcada pela celebração do encontro presencial e pelo agradecimento ao esforço de estudantes, professores e equipes de apoio para manter a produção de conhecimento neste período.
A mesa de abertura, presidida pelo reitor Josealdo Tonholo, foi composta por representantes da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), Pró-reitoria de Graduação (Prograd), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e pelo palestrante convidado, Vivaldo Moura Neto, professor titular e emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor científico do Instituto do Cérebro do Estado do Rio de Janeiro.
A coordenadora-geral dos Congressos, Magna Suzana Moreira, coordenadora de Pesquisa na Propep expressou o entusiasmo do momento. “Muito emocionante ver vocês depois desses dois anos tão difíceis. É importante esse momento de compartilhar os resultados do nosso trabalho. O programa Pibic é um dos mais consistentes da Ufal. A iniciação científica é uma oportunidade para todos os estudantes darem continuidade à vida acadêmica”, declarou a docente.
Ela ressaltou ainda o lançamento dos Anais de Congressos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e Programa de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) dos ciclos 2019-2020 e 2020-2021 no repositório da Ufal (RIU) com ISSN. “Acessem e compartilhem. É fundamental que esse trabalho de sistematização seja conhecido e utilizado pela comunidade acadêmica da Ufal”, destacou Magna Suzana.
Berenice Pimentel, assessora da Propep, enfatizou que os programas de Iniciação Científica e de Inovação Tecnológica da Ufal apresentam qualidade e produtividade. “São programas que cumprem o papel de despertar o interesse pela Ciência e Inovação nos estudantes de graduação. É muito gratificante para mim, nestes 25 anos de trabalho na Propep, observar que muitos dos professores da Universidade são egressos desses programas. Isso mostra o compromisso social de formação de pesquisadores e docentes estabelecido pelos programas”, apontou.
Em seguida, a palavra foi facultada ao representante da Fapeal, João Vicente Lima, que parabenizou os orientadores, os estudantes e o comitê assessor. “Um cumprimento especial aos bolsistas dos programas. Atravessamos momentos muito difíceis para as universidades e para a Ciência brasileira. Um ataque perverso e cruel às fontes de financiamento da Ciência, que impactaram principalmente nas bolsas que mantêm esses estudantes nos programas. A Fapeal fez o esforço de reajustar as bolsas mantidas pela Fundação, embora os estudantes bolsistas da Capes não tenham tido essa oportunidade, criando uma diferença injusta aos talentos de todos. Agora, podemos respirar um pouco e estamos entusiasmados com as possibilidades futuras”, comemorou o diretor executivo de Ciência e Tecnologia da Fapeal.
A coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), professora Silvia Uchoa, ao saudar os demais componentes da mesa, falou sobre a qualidade do trabalho realizado pela Propep. “Já assumi várias posições na equipe e sei do empenho de todos. O Pibiti é o irmão mais novo do Pibic, mas também é contemplado por bolsas da Fapeal, desde 2015. O processo é um pouco diferente, porque se dedica a pesquisas mais aplicadas, mas que resultaram em uma parcela importante das 215 patentes depositadas pela Ufal. Esperamos que nossos estudantes possam vivenciar essa experiência de inovação tecnológica”, convidou Silvia.
O pró-reitor de Graduação, professor Amauri Barros, também celebrou o auditório lotado depois de dois anos e meio de distanciamento físico. “Estivemos trabalhando e produzindo muito, mas sem essa energia do encontro presencial que é maravilhoso. Sei que até sexta vocês estarão envolvidos nestes congressos, mas aproveito para convidá-los para a abertura do Seminário Institucional de Monitoria, que acontece nesta terça-feira (8). Outro momento para compartilhar conhecimentos produzidos por nossos estudantes”, ressaltou o pró-reitor.
Iraildes Assunção, pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação saudou os participantes na sequência e destacou que os estudantes da Ufal devem buscar participar dos programas de iniciação científica e de desenvolvimento de inovação tecnológica. “Essa experiência permite aos alunos que se iniciem no saber científico. Por isso, a gestão prioriza essas bolsas, apesar de todas as dificuldades orçamentárias já do conhecimento de todos. Durante esse período, a pesquisa continuou, mesmo nesses dois anos de isolamento por conta da pandemia. Agradeço ao reitor pelo esforço em manter os editais que tivemos nos últimos anos, necessários para auxiliar os pesquisadores com recursos e equipamentos”, disse a pró-reitora.
O reitor Josealdo Tonholo cumprimentou a todas as pessoas presentes e destacou a colaboração de Berenice Pimentel pela dedicação ao programa de iniciação científica na Ufal. “A nossa universidade foi pioneira em estabelecer um programa para estimular a produção científica na graduação, em 1988. Desde 1997, Berenice atua neste trabalho. Ela representa toda a garra e a dedicação dos servidores desta Universidade. Também destaco a firmeza da pró-reitora Iraildes Assunção em manter o funcionamento dos programas mesmo nos tempos de crises que atravessamos”, agradeceu o reitor da Ufal.
Encerradas as falas da mesa, o palestrante convidado, professor Vivaldo Moura Neto, iniciou a exposição sobre o tema Na ciência como na vida é preciso ter perspectiva histórica, aceitar os contraditórios e ser feliz, que pode ser conferida no canal da Ufal no Youtube.