Ufal vai premiar melhores dissertações e teses dos seus programas de pós-graduação
Gestão criou o Prêmio Ufal de Dissertação e Tese para dar reconhecimento aos melhores trabalhos acadêmicos da instituição defendidos no ano de 2021
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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai premiar as melhores dissertações de mestrado, nas modalidades acadêmico e profissional, e teses de doutorado defendidas nos programas de pós-graduação da instituição no ano de 2021. A iniciativa é pioneira e busca reconhecer os trabalhos desenvolvidos na Universidade, além de contribuir para a autoavaliação institucional e estimular a difusão de novos conhecimentos.
Para concorrer ao Prêmio Ufal de Dissertação e Tese 2022,os trabalhos acadêmicos devem estar disponíveis na Plataforma Sucupira da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Repositório Digital da Biblioteca Central da Ufale terem sido indicadas pelo Colegiado do Programa de Pós-graduação.
As inscrições dos trabalhos devem ser realizadas pelas coordenações dos respectivos programas. As propostas deverão ser encaminhadas à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), exclusivamente, por meio de processo administrativo cadastrado no Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (Sipac), no período de 1º a 7 dezembro. A comissão para avaliar e selecionar os trabalhos será formada por pesquisadores externos e por mais dois membros da Propep designados por portaria.
Serão concedidas 15 premiações para dissertações e 15 para teses, sendo que em cada uma delas serão três para pessoas negras e duas para mulheres. Os vencedores - autor, orientador e coorientador - receberão certificados de premiação. Os autores também receberão o valor de R$ 1.800 no caso do prêmio para dissertação e R$ 2.800 para o discente premiado com a tese.
A solenidade de entrega do Prêmio Ufal de Dissertação e Tese 2022 está prevista para o dia 27 de janeiro.
Para saber mais, acesse o edital
Pela equidade de gênero
O Prêmio Ufal de Dissertação e Tese 2022 também surge com a missão de combater o racismo e promover a igualdade de gênero no ambiente científico, valorizando a produção acadêmica de pessoas negras e das mulheres. Dentre as 15 premiações para dissertações e 15 para teses, o edital destina que, em cada uma das categorias, três sejam para pessoas negras e duas para mulheres.
“Este edital representa a primeira ação institucional com a temática de equidade de gênero, nesta pró-reitoria que tem uma mulher como representante”, afirmou Iraildes Assunção, pró-reitora da Propep.
Ela destaca que “a criação de políticas e ações institucionais na Ufal com foco em igualdade de gênero como critério de elegibilidade, a integração obrigatória da dimensão do gênero nos conteúdos de investigação e inovação científica é uma prática que doravante deve ser implantada na nossa gestão. Não só para atender o ODS 5 [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] da agenda 2030 da ONU [Organização das Nações Unidas], mas para estabelecer, de fato, a igualdade de concorrência e de representatividade”.
Pesquisadora da área de Ciências Agrárias e bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq, Iraildes argumenta que é preciso superar a sub-representação da mulher no ambiente acadêmico. “Não podemos negar que homens e mulheres são diferentes em inúmeros aspectos, mas as diferenças numa equipe e em grupos são necessárias para o sucesso de qualquer projeto. Na Ufal, temos vários exemplos de grupos de pesquisa fortes que têm como líderes mulheres pesquisadoras nas mais diversas áreas, inclusive naquelas onde a equidade de gênero é menor com as STEM [Sciences, Technology, Engineering, and Mathematics]”, afirmou.
Para estimular a reflexão sobre o assunto, a pró-reitora indica dados de um estudo da Elsevier sobre equidade de gênero na pesquisa no mundo que aborda diferentes aspectos dessa desigualdade, disponível neste link, e ressalta que “existem muitos desafios para avançar em uma carreira científica ou impulsionar avanços tecnológicos, tanto para homens quanto para mulheres, no entanto, para muitas mulheres, é uma verdadeira jornada de obstáculos”.
A pró-reitora exemplifica essa realidade ao apontar que “as mulheres permanecem sub-representadas no nível mais alto da academia, em cargos de tomada de decisão, e ficam atrás de seus colegas homens em termos de produção de P&I (como publicações, citações, patentes e colaborações da indústria)”.
Iraildes comenta que, “por meio de programas de financiamento, o Brasil ainda não avançou neste aspecto, ao contrário de outros países que estão trabalhando para combater a desigualdade de gênero e promover a inclusão para garantir oportunidades iguais para todos” e por isso reforça a importância do Prêmio Ufal de Dissertação e Tese 2022 ao conceder premiação para mulheres.