Projeto de Extensão Samu nas Escolas premia redação de duas estudantes
Alunas vencedoras do concurso de redação ganharam, além de medalha e certificado, um tablet cada uma
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Foi com muita emoção que o projeto Samu nas Escolas encerrou as atividades de 2022 nesta quarta-feira (14), no auditório da Central Maceió. Seis produções de redação e desenhos foram escolhidas entre os estudantes que receberam, ao longo do ano, as atividades do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas.
Com o tema “Trote não tem graça, tem consequência”, os textos foram lidos pelos próprios autores e entregues para a banca julgadora avaliar e escolher as melhores de dois grupos: as produções dos alunos do 2º ao 5º ano e as redações do 6º ao 9º ano. Só os dois autores das melhores produções ganharam tablets, mas todos os seis finalistas do concurso de redação receberam medalhas e certificados de honra ao mérito.
A banca julgadora foi formada pelo médico coordenador do Núcleo de Educação Permanente do Samu (NEP), Jordiran Soares; a coordenadora de RH da Central Maceió e psicóloga, Juliana Vasconcelos; o condutor socorrista e professor da Rede Básica de Ensino, Meiber Lima; a assistente administrativa do NEP e pedagoga, Jessyca Gomes; o estudante de Medicina e coordenador dos estudantes voluntários do projeto, Guilherme Lins; além da assistente administrativa da coordenação de frota e pedagoga Karyne Fragoso.
Após uma intensa análise e discussão entre os jurados, as vencedoras foram anunciadas: Maria Clara de Jesus, estudante do Colégio Santíssimo e vencedora do ciclo do 2º ao 5º ano; e Monyk Mayara Santos, da Escola Estadual Professor Mario Broad, vencedora do ciclo do 6º ao 9º ano. “Fiquei muito realizada com todas as informações que recebi quando a equipe do projeto visitou minha escola e hoje não tenho palavras para descrever a minha felicidade”, celebrou emocionada a estudante Maria Clara.
A estudante Monyk também não escondeu a alegria de ter conseguido conquistar o primeiro lugar da sua categoria. “Eu estava muito ansiosa e nervosa, mas estou muito feliz em ter ganhado. Me inspirei mesmo no tema ‘Trote não tem graça, tem consequência’, porque isso me marcou muito, como o trote pode ser maléfico para quem realmente precisa”, ressaltou Monyk.
Para encerrar a cerimônia, o coordenador do NEP relembrou a importância de seguir no caminho da educação. “Um dia podem ser vocês aqui avaliando a produção de outros estudantes e estaremos muito realizados em assistir vocês da plateia. Infelizmente nem todo mundo pode ganhar, mas é importante continuarmos com foco: sigam este caminho, se esforcem nos estudos que o futuro só pode ser a educação” encerrou Jordiran.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, que iniciou sua trajetória como servidor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) atuando no Samu, o projeto é fundamental para conscientizar os estudantes sobre os males causados pelos trotes. “Todas as vezes que os socorristas recebem um chamado, via telefone, eles saem da Central ou da Base Descentralizada com o propósito de salvar vidas. Se a ocorrência for falsa, o tempo perdido no deslocamento poderá comprometer o socorro a quem realmente precisa”, salientou.
Samu nas Escolas
Desde 2014, o projeto leva conceitos básicos de primeiros socorros e informações sobre a importância do combate ao trote para estudantes da rede de ensino infantil, fundamental e médio. A iniciativa, realizada como Projeto de Extensão da Ufal, seleciona, por meio de edital, acadêmicos voluntários de Medicina, Enfermagem e Serviço Social de qualquer instituição de ensino superior sediada em Maceió. Os acadêmicos são treinados por equipes de socorristas do Samu Alagoas e são eles que levam as atividades lúdicas para dentro das salas de aula.
Em toda escola visitada, os estudantes são incentivados a produzir uma redação ou desenho com o tema “Trote não tem graça, tem consequência”, ao final, o projeto premia os dois melhores com tablets. Desde que foi iniciado, o Samu Alagoas já registrou uma redução de 80% no volume de trotes, que representa quase meio milhão de ligações criminosas por ano.