Estudante e torcedora azulina, Marthina atua na construção do CT do time
Ela destaca que tem sido muito gratificante poder contribuir para a história de um clube tão consolidado como o CSA
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Torcer pelo time e ter a oportunidade de trabalhar na principal obra do clube do coração. Marthina Albuquerque, estudante de Arquitetura e Urbanismo da Ufal, conseguiu unir as suas paixões pelo Centro Sportivo Alagoano (CSA) e por projetos arquitetônicos atuando na construção do novo Centro de Treinamento (CT) do azulão.“Sou azulina e a minha relação com o CSA vem desde criança. O clube era o time do coração do meu avô paterno e ele vem perpetuando essa paixão para as diversas gerações da família. O CSA sempre fez parte do meu dia a dia através das reuniões de família em frente à TV e, há dois anos, se tornou mais presente e mais significativo por meio da arquitetura”, conta.
Ela está desde o início da obra atuando como colaboradora na produção dos desenhos arquitetônicos e na gestão de projetos arquitetônicos e complementares, quando o CT anterior, localizado no bairro do Mutange, em Maceió, precisou ser evacuado por causa do afundamento de solo ocasionado pela extração de sal-gema. “O CT do CSA foi uma das primeiras edificações a serem isoladas por conta do risco de desmoronamento, mudando temporariamente para o CT do Nelsão, enquanto aguarda a conclusão da obra que, hoje, encontra-se em fase de impermeabilização e concretagem da fundação”, explica.
O novo centro de treinamento do time azulino está sendo construído no bairro do Benedito Bentes, próximo ao Aeroporto Zumbi dos Palmares. E para sua satisfação particular e experiência profissional, a futura arquiteta vai permanecer até o fim da obra. “Participarei do projeto até a inauguração final. Entrei como graduanda em Arquitetura e Urbanismo, em 2020, quando estava cursando o 8° período, e sairei como arquiteta e urbanista. A previsão para a inauguração da primeira etapa do projeto é final de 2022”, diz.
Com entusiasmo, a graduanda detalha que o novo CT do seu clube de coração será um dos maiores do Nordeste, com um terreno de 15 hectares. “O torcedor do CSA pode esperar uma estrutura de centro de treinamento semelhante a grandes times nacionais, que fará jus a essa nova fase que o CSA está traçando”, garante.
Marthina relata que a oportunidade de trabalhar na construção do centro surgiu após alguns projetos realizados com Bianca Tenório, atual arquiteta do clube. “Ela já estava fazendo uma pré-seleção interna para compor o time de trabalho e, após as análises, me fez o convite para participar da equipe”, recorda. Além de Bianca, os arquitetos Joalisson Carvalho e André Coelho auxiliam a estudante da Ufal nas atividades.
Orgulhosa em fazer parte dessa história e poder trabalhar em uma grande obra do time para o qual torce, ela conta sobre como vem sendo significativo viver essa oportunidade. “Para mim, poder participar desse projeto, tem sido uma experiência muito rica e cheia de desafios diários. Posso experimentar de perto como é a realidade da construção civil nas diversas etapas de projeto, da concepção até o levantamento e finalização da edificação”, detalha. E destaca: “Poder trabalhar com diversos profissionais, de diversas áreas e lugares do país, e poder contribuir através da minha profissão para a história de um clube tão consolidado como o CSA tem sido muito gratificante”.
Trajetória na Ufal
Encarar desafios e agarrar oportunidades são realidades que acompanham grande parte dos estudantes da Ufal. E o ambiente acadêmico proporciona diversas opções para desenvolver habilidades para o mundo do trabalho e da ciência. Marthina soube aproveitar muitas delas.
“Sou aluna da Ufal desde 2016 e, a partir de então, participei como monitora de desenho arquitetônico e entrei no Núcleo de Pesquisa de Projetos Especiais (Nuppes), orientado pela professora Suzann Cordeiro”, relata.
Na ocasião, continua ela, participou de dois projetos de iniciação científica: um sobre o Estudo de parâmetros projetuais de humanização em unidades penais - como a arquitetura contribui para o processo de reeducação, em 2017; e outro sobre padrões de linguagem arquitetônica relacionados à segurança dos espaços educacionais da Ufal - Campus A. C. Simões, em 2018.
“A colaboração no grupo de pesquisa me rendeu duas apresentações em nível internacional. A primeira foi no seminário Internacional de Insegurança e Punitividade na América Latina - condições, conexões e efeitos, promovido pela Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), em 2018. Já a segunda foi na Conferência Internacional Technology in Corrections: digital transformation, organizado pela Europris, que aconteceu em Lisboa, Portugal, em 2019”, diz.
Atualmente, além de trabalhar no novo CT do CSA e desenvolver o trabalho final de curso sobre um anteprojeto arquitetônico de uma creche modelo localizado no bairro de Garça Torta, em Maceió, Marthina é colaboradora do grupo de pesquisa Interseções entre Design e Ambiente Construído (Idea), orientado pela professora Thaísa Sarmento.