Egressos do Instituto de Computação da Ufal são contratados pela Google
Em ambiente despojado, eles relatam experiência e contam sobre expectativas
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Poderia ser brincadeira de internet: “Início de um sonho/Deu tudo certo”. Mas nem é meme! O sonho dos egressos do Instituto de Computação (IC) da Ufal, Romário Pantaleão e Eduardo Gomes, começou após conquistarem vagas de estagiários na Google, em agosto do ano passado. A Ufal contou essa história aqui e, hoje, relembra pra dizer que sim, deu tudo certo! O crachá dos meninos agora é da equipe de efetivos na empresa considerada uma das melhores do mundo para trabalhar. Estagiário da Ufal nunca erra, não é? (E também não é meme).
“O estágio foi bem desafiador, principalmente a imensa quantidade de informações para absorver em pouco tempo, mas meu time era muito bom e sempre conseguia evoluir com a colaboração deles. Além disso, os outros estagiários de outros times eram bem colaborativos, a gente se ajudava na medida do possível”, contou Romário.
Craque dos bons atrai os melhores para perto. E foi assim que Romário ganhou mais dois campeões da Ufal para o time da Google. Nelson Gomes e Lucas Agra também são recém-egressos do IC e foram brilhar onde os jovens apaixonados por tecnologia sonham em trabalhar.
“Ter participado de competições de programação me ajudou bastante nas entrevistas técnicas, pois consegui visualizar rapidamente as soluções e focar em expressar a solução de uma forma clara e simples”, lembrou Nelson sobre a seleção para a vaga. Antes da Google, ainda estudante, ele adquiriu experiência no Laboratório Edge, da Ufal, e numa software house americana, onde teve a oportunidade de praticar o inglês.
Já Lucas, prestes a entregar o Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências da Computação na Ufal já posa de boné colorido com hélice em cima e o bordado “Noogle”, apelido para um novo funcionário. Esse é um dos rituais de boas-vindas na gigante tecnológica e que alimenta expectativas para o novo engenheiro de software: “Ter a oportunidade de crescer profissional e tecnicamente, aprendendo muito com as pessoas incríveis que trabalham aqui”, planejou Agra.
É trabalho, mas não precisa levar tão a sério
A área de busca é onde Nelson trabalha de moletom e sandália para mostrar todo seu potencial. Ele faz projeções leves e duradouras: “Tenho amado a experiência, estou aprendendo bastante não só como programador, mas como pessoa. Espero continuar crescendo aqui dentro e com alegria”.
Na época do estágio, que durou seis meses, Eduardo trabalhou voltado para um aplicativo. Apesar de remoto, também participou de eventos e jogos promovidos pela empresa. Mas depois de efetivado, ele mudou de status e de cidade. Assim como os outros colegas, agora é residente de Belo Horizonte, onde fica um dos escritórios-sede da Google no Brasil.
“Eu terminei a graduação e recebi a oferta. Voltei para o mesmo time, inicialmente eu comecei a trabalhar home office e, agora, preciso ir três vezes na semana para o escritório, mas, às vezes, eu vou até mais porque o escritório é muito legal. Trabalhar lá é muito confortável, o ambiente e as pessoas são muito acolhedoras”, relatou Eduardo, aguçando o imaginário sobre reuniões em puffs, um café descontraído e música para uma pausa produtiva.
Romário também se destacou no estágio e voltou como efetivo no time já conhecido por ele. “No estágio eu trabalhei tanto no desenvolvimento front-end como no back-end. Fui efetivado no time de controle de abusos, porém um subtime diferente. A expectativa agora é continuar aprendendo bastante e construir uma carreira lá dentro”, afirma.
Egressos da Ufal, mas sempre estudantes
Lucas, Nelson, Romário e Eduardo são quatro dos milhares de estudantes que a Ufal se orgulha em ter dado conhecimento e oportunidades. Aqui e no estágio eles foram aprendizes. Mas sabem que para realizar tudo o que projetaram ao falar sobre o novo emprego depende de continuar aprendendo.
“O processo de aprendizagem é essencial em todos os momentos da vida. O ideal é sempre buscar trabalhar em empresas que te desafie, que faça com que você aprenda algo novo sempre, dessa forma você nunca ficará para trás no mercado de trabalho”, reiterou Eduardo.
“Aprender”, “conhecimento” e “experiência” são conceitos repetidamente citados por eles. É o que marca quando se entende o caminho e as etapas a percorrer. “Na computação, o ritmo de desenvolvimento está bastante acelerado. Então, temos que aprender novas técnicas, novas ferramentas, o tempo inteiro. Mas vai muito além disso. Para a vida mesmo, é importante manter a mente aberta porque você nunca sabe quando pode aprender coisas novas que podem melhorar sua forma de viver”, disse Nelson, com a sabedoria de quem chegou na Google e pode sonhar mais. Um sonho de milhões!