Equipe da Ufal vence Júri Simulado entre universidades de Alagoas

Vitória classificou a Ufal para a competição nacional que será realizada em Brasília


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Equipe da FDA vencedora da competição do Júri Simulado
Equipe da FDA vencedora da competição do Júri Simulado

O bicampeonato veio! A Universidade Federal de Alagoas venceu mais uma vez o Concurso de Júri Simulado provido pela Ordem dos Advogados de Alagoas em parceria com a Escola Superior de Advocacia. A final aconteceu na última sexta-feira (23) e a equipe da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA) da Ufal ganhou a disputa contra o Centro Universitário Mário Pontes Jucá (UMJ).

Representando a Ufal na sustentação oral estava o grupo de alunos do 9º período, formado por Andressa Cavalcante, Antônio Milhazes, Bruno Vilela e Carlos Fernando. Eles participaram de uma seleção interna na FDA e se destacaram para participar do Juri Simulado disputando com outras instituições de ensino superior de Alagoas.

“Foi muito aprendizado, a gente leu muito processo, a gente teve muita reunião com o nosso orientador, Raimundo Palmeiras. Todas as equipes foram muito bem, todo mundo se esforçou e o fato de a gente ter ganho mostra que também nós fizemos a nossa parte. E o principal mesmo foi o aprendizado, a experiência, a oportunidade”, destacou Bruno Vilela.

O entusiasmo é porque o concurso simula um Tribunal do Júri – que é um órgão de julgamento dos crimes dolosos contra a vida, a exemplo de homicídio, infanticídio, aborto e induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, sejam eles tentados ou consumados –, mas de uma forma especial, porque é julgamento popular.

Para o julgamento acontecer são escolhidos ou sorteados 21 jurados e, dentre eles, sete irão compor o conselho de sentença, que tem a representatividade de um juiz. Na simulação promovida pela OAB, as faculdades de Alagoas participam do campeonato por meio dos seus cursos de Direito e sorteiam as “chaves”, competindo entre si.

Os casos são reais, que já transitaram em julgado, e cabe às faculdades sustentarem a melhor tese pra absolver ou condenar o cliente. A competição começou no dia 12 de setembro e a primeira disputa da Ufal foi contra a Faculdade Seune, depois novamente contra essa instituição, depois contra Unit e, por fim, UMJ. A Ufal saiu vitoriosa em todas. Campeã invicta!

“Eu estou muito feliz, extremamente realizada porque eu gosto muito de Direto penal e é uma satisfação enorme a equipe ter conquistado esse mérito pra nossa Universidade. Agora fomos bicampeões e vamos para o nacional”, comemorou Andressa Cavalcante sobre a classificação para o concurso nacional que será realizado de 13 a 18 de novembro, em Brasília.

Oportunidade extraclasse

Um tribunal do Júri é diferente de uma audiência com um juiz. Nesse processo é preciso convencer pessoas que não são, necessariamente, formadas em Direito. Podem ser juridicamente leigas e, portanto, defesa e acusação usam de técnica e oratória para chegar à decisão final.

“Foi uma oportunidade perfeita para unir as duas paixões, tanto pelo Direito Penal quanto pelo Tribunal do Júri e uma forma de eu ver se era realmente aquilo que eu queria para a minha vida profissional. E eu vi que sim! É o que eu gosto de fazer! Eu me identifiquei muito”, comentou Bruno, que também ganhou o primeiro lugar individual como o melhor tribuno do concurso.

O segundo lugar dos que se destacaram pela oratória também ficou com a Ufal. O prêmio foi para Andressa Cavalcante, que comemorou o resultado pelo nível de dificuldade imposto.

“Por mais que a gente tenha se dedicado é uma competição bem difícil. A gente quer que isso aconteça, mas a gente sempre é surpreendido porque pegamos casos difíceis. No final, a gente era a acusação e foi bem complicado, mas com muita dedicação e muito estudo conseguimos lograr êxito”, ressaltou, completando: “É uma experiência única porque a gente aprofunda o que vê na sala de aula com o caso concreto. É muito interessante buscar o melhor, batalhar pelo caso, dar resultado. É muito bom participar!”.

A equipe da Ufal foi composta por três titulares e um suplente, que foram escolhidos com base nos pré-requisitos do edital, entre eles, ter cursado as disciplinas de Processo Penal e Direito Penal. A seleção interna também contou com a apresentação de um vídeo de até 15 minutos realizando uma sustentação oral. O aluno Antônio Milhazes compartilhou a vitória com agradecimentos.

“Foi uma experiência enriquecedora e desafiadora. Foi muito gratificante ter a orientação dos professores Raimundo Palmeira e Elaine Pimentel, que nos ajudaram e ensinaram coisas que vão além do ambiente acadêmico. Além disso, fiquei muito feliz com a oportunidade de ter um pouco da experiência da carreira que almejo seguir, que é a advocacia. Como aluno, é algo que vou guardar para sempre e que vai me ajudar nas adversidades do meu futuro profissional”, destacou.

O estudante Carlos Rodrigues completou: “Foi uma experiência bastante enriquecedora, uma vez que, além de representar a nossa Universidade, tivemos a oportunidade de acessar um contexto jurídico altamente dinâmico e cujos conhecimentos adquiridos transcendem àqueles que costumamos aprender em sala de aula. O trabalho em equipe, as lições aprendidas com os nossos orientadores e, claro, o resultado final da competição fizeram valer todas as noites de sono perdidas. Agora é hora de dobrarmos a dedicação e focarmos para representar bem a Ufal em Brasília”.