Pesquisas da Ufal são apresentadas em evento nacional de gastroenterologia

Trabalhos analisaram dados brasileiras e mostraram estudos voltados à saúde dos graduandos de Medicina

Por Manuella Soares - jornalista
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Professora Ângela Canuto, orientadora dos oito projetos aceitos, representou os alunos no evento
Professora Ângela Canuto, orientadora dos oito projetos aceitos, representou os alunos no evento

Estudantes do curso de Medicina na Ufal tiveram seus trabalhos apresentados na 22ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBDA), realizada de 23 a 26 de novembro, no Rio de Janeiro. A professora Ângela Canuto, orientadora dos oito projetos aceitos, representou os alunos no evento.

As apresentações foram feitas com o formato de banner e resumiram pesquisas desenvolvidas durante a graduação. Um dos trabalhos fez um panorama do transplante hepático no Nordeste entre os anos 2001 e 2021, onde constatou-se um aumento de 251% desse tipo de cirurgia, com liderança dos estados do Ceará e de Pernambuco.

Outro trabalho fez uma análise do tratamento de intercorrências cirúrgicas pós-bariátrica nas regiões brasileiras na última década. Também foi apresentada no evento a Avaliação dos Índices de Qualidade do Atendimento do Serviço de Gastroenterologia em Unidade de Pronto-Socorro de Hospital Público Quaternário e estudos relacionados ao tema feitos com nascidos vivos e com índices de mortalidade por câncer do aparelho digestivo no Brasil.

Entre os trabalhos levados à SBDA desde ano pela Ufal, três focaram na saúde dos estudantes de Medicina. A abordagem de algumas pesquisas foi voltada para a influência da Síndrome do Intestino Irritável (SII) no desempenho acadêmico. De acordo com os dados, os sintomas desse distúrbio crônico atingem cerca de 10 a 15% da população brasileira.

Cecília Barbosa é uma das alunas que pesquisam sobre a temática. Ela acredita que a investigação sobre a saúde dos estudantes tem impacto na qualidade do serviço médico, e ficou entusiasmada pela oportunidade de compartilhar os dados no evento do Rio de Janeiro.

“É gratificante para mim e para meus companheiros de pesquisa conseguir mostrar, em um dos maiores congressos na área de gastroenterologia do mundo e em meio a tantos pesquisadores reconhecidos, a pesquisa científica sendo feita na Federal de Alagoas. Nossas investigações se concentram não apenas na saúde física dos estudantes, mas também na qualidade de estudo e bem-estar. Debater sobre a saúde dos estudantes medicina também é ajudar na melhoria da educação e da medicina brasileira”, destacou.