Medicina Arapiraca realiza primeira colação de grau presencial do curso
Turma 2016.2 passou por avanços ao longo dos anos e saem profissionais prontos para o mercado
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Nesta sexta-feira (3) encerra o ciclo da graduação para a segunda turma do curso de Medicina da Ufal Arapiraca. Os 24 novos médicos vão colar grau numa cerimônia realizada a partir das 19h no Espaço Iluminare e marca a primeira solenidade presencial dos concluintes, já que a turma pioneira precisou participar de uma colação on-line.
“Estamos formando a segunda turma e, devido à pandemia, a primeira presencial. Sabemos da importância da formação desses profissionais para nossa cidade e regiões circunvizinhas. Temos tido alguns alunos aprovados nas residências médicas tanto da turma 1 como da turma 2 . Isso mostra que apesar de todas as dificuldades estamos entregando à sociedade profissionais competentes”, ressaltou a coordenadora Mônica Roseli.
O evento vai contar com a presença do reitor Josealdo Tonholo, da vice-reitora Eliane Cavalcanti, do diretor-geral Arnaldo Tenório e de representantes docentes do curso de Medicina. A estudante Beatriz Brito faz parte da comissão organizadora da formatura e conta um pouco sobre a expectativa da ocasião.
“Fazer parte desse momento é extremamente gratificante e emocionante. Parecia algo tão distante e finalmente chegou o tão sonhado dia. Toda a turma está realizada em poder concretizar esse sonho com a presença dos nossos amigos, familiares, professores e preceptores. Tenho certeza que será um momento muito lindo e especial. Um dia histórico em nossas vidas e acredito que na história da Universidade também, já que somos a primeira turma a colar grau oficialmente”, destacou.
Caminho de obstáculos e conquistas
O curso de Medicina no Campus Arapiraca foi criado por meio da Portaria MEC/SESU nº 109, de 5/6/2012. Até a implantação em 2016, inicialmente sem sede própria, muita luta foi travada e segue como a única graduação médica no interior do Estado. É pela Ufal que nasce a esperança de formação de profissionais para atender a região.
Com carga horária total de mais de 8,8 mil horas, em tempo integral, e duração mínima de 12 semestres o curso começou ofertando 60 vagas por ano e uma equipe de 13 docentes e 25 técnicos. A primeira coordenadora, Francine Mendonça, que esteve à frente da gestão até o ano passado, acompanhou as dificuldades e interveio pelos avanços conquistando parcerias para diversos campos de práticas para os estudantes.
“À medida que eles foram avançando tiveram oportunidade de ver bem as áreas clínicas no terceiro e quarto ano, e no Internato eles pegaram o período já bem organizado, então tiveram uma experiência rica em urgências clínicas no Hospital Regional, tiveram experiência em Urgência em Traumas tanto no Samu quanto na UE [Unidade de Emergência], passaram pelo internato em Pediatria com excelente experiência também, e na Cirurgia e GO [Ginecologia e Obstetrícia] nós intercalamos entre Regional e Coruripe”, citou Francine.
A equipe docente que atende a graduação de Medicina em Arapiraca já é formada por quase 50 professores efetivos, dos quais 31 possuem mestrado ou doutorado. Os novos profissionais foram muito importantes no processo de aprendizagem prática. Além dos hospitais onde os estudantes cumpriram parte de sua carga horária de estudo e treinamento, destacam-se as atividades realizadas nas Unidades Básicas de Saúde. “Tendo em vista que o perfil do curso demanda um profissional generalista, é na UBS que eles encontram a maior parte das condições patológicas que mais acometem a população, como hipertensão arterial, diabetes, infecções, etc”, contextualizou.
Esforços também foram investidos para inaugurar o Complexo de Ciências Médicas e Enfermagem numa área de mais de 3 mil m². O espaço foi mais uma conquista para esses estudantes que desde o início desbravaram a graduação para ter caminhos mais proveitosos.
“Esses meninos têm muita garra, eles estão saindo com uma base excelente que nós conseguimos ofertar. Eu tenho muito orgulho e me sinto muito honrada de ter participado da formação dessa turma”, ratificou a professora Francine.
O ciclo encerra para dar espaço a outros, mas com raízes bem plantadas. “Agradeço de coração a tudo que aprendi nessa segunda casa chamada Ufal. Iremos ganhar novos voos, mas com orgulho de dizer que somos frutos da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca”, finalizou a nova médica, Beatriz Brito.