Ufal projeta público de mais de 350 mil pessoas para a Bienal de Alagoas 2023

Expectativa é que o público alagoano participe das atividades programadas para os dez dias do maior evento literário e cultural do estado

Por Deriky Pereira – jornalista
- Atualizado em
Professor Ivamilson Barbalho, diretor da Editora da Ufal (Edufal)
Professor Ivamilson Barbalho, diretor da Editora da Ufal (Edufal)

Expectativa em alta, preparações a todo vapor. Esse é o clima da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que retornará ao público alagoano entre os dias 11 e 20 de agosto, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.

Segundo o diretor da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), Ivamilson Barbalho, são esperadas mais de 350 mil pessoas para as muitas atividades literárias, acadêmicas e artísticas que estão sendo planejadas.  

Mas calma que não para por aí: “Parte das ruas do bairro histórico do Jaraguá devem ser destinadas a atividades culturais, como uma forma de valorizar também os artistas da nossa região – trazendo várias ações que ainda irão ser acordadas com a Prefeitura de Maceió, em reunião já agendada.  

O tema da Bienal 2023 frisa Defender a Vida, Proteger o Planeta e Humanizar a Sociedade. Segundo Barbalho, a temática escolhida representa relevância singular no que se refere ao que passa, atualmente, a história humana.  

“Escolhemos esse tema, justamente, porque enfrentamos uma grave crise sanitária, vivenciamos uma imprudente relação com a natureza colocando em risco a existência de todas as outras espécies, inclusive, a nossa. E assim, carecemos de um novo ordenamento quanto à maneira de lidarmos uns com os outros, construindo relações humanas mais justas, pacíficas, democráticas e harmoniosas”, refletiu Ivamilson.  

E são essas relações que um evento como este pretende, também, proporcionar. Com um hiato de quatro anos, sendo dois por conta da pandemia da covid-19, além de movimentar toda a comunidade acadêmica, inclusive, dos campi fora de sede, a Bienal 2023 retorna aos braços do público alagoano com um gostinho mais que especial.  

“Certamente, a Bienal continua sendo o maior evento promovido pela Ufal. E essa, em particular, tem aquele ‘sabor’ de alegria, sob a energia do encanto, do reencontro, já que será a primeira pós-pandemia no formato presencial. Repetindo edições passadas, nossa expectativa é que um número ainda maior de estudantes, jovens, crianças e público em geral participem da 10ª Bienal”, projeta o diretor da Edufal.  

Inserção social e contato com a cultura  

Única instituição de ensino superior a realizar uma Bienal, a Universidade Federal de Alagoas já se movimenta e já articula diversas parcerias para oferecer, mais uma vez, o melhor do contato com a cultura, arte e com a literatura para os participantes do evento. Com isso, segundo Barbalho, a Bienal ganha uma estética acadêmica diferenciada, primando pela inserção social.  

“Por isso, para essa edição, nossa expectativa é enorme. Não somente pelo número de pessoas que irá visitar os espaços da Bienal, encontro com a presença de intelectuais de renome junto ao público leitor, mas também para que a sociedade alagoana possa novamente se aproximar de bons livros, faça do evento momentos de reencontro com amigos, fortaleçam laços familiares, e se abram expectativas em relação às escolhas que cada um deseja realizar”, refletiu Ivamilson Barbalho.  

Para ele, ao realizar a Bienal, além de estreitar os laços entre amigos, promover encontros e momentos festivos, a Ufal, como um dos importantes vetores de desenvolvimento de Alagoas, também movimenta a economia do estado.  

“O evento também é um grande dinamizador da economia informal, gerando muitas oportunidades de renda, fortalecendo a vida de algumas famílias, contribuindo com a rede hoteleira, motoristas de aplicativos, mercado de alimentação etc. em nossa cidade de Maceió”, pontuou.  

País homenageado  

Para a Bienal 2023, o país homenageado será a Argentina. “Assim como o nosso [país], a Argentina passa por um processo exitoso de fortalecimento da defesa da democracia. Além de dispormos de uma proximidade geográfica temos, em comum, também, acordos comerciais e políticos”, disse Ivamilson Barbalho.  

A Argentina marcará presença nos dez dias de evento do maior evento cultural e literário de Alagoas com a UNR Editora, da Universidad Nacional de Rosario (UNR) que surgiu em 1989 e um ano depois já conseguiu ampliar sua produção. Em 1995, a editora passou por uma renovação tecnológica, o que permitiu à comunidade universitária um maior acesso aos livros publicados.  

Dos anos 2000 para frente, e com o advento das novas mídias e tecnologias, a UNR Editora buscou ampliar o alcance de suas produções, visando chegar a toda sociedade, promovendo o lançamento de novas coleções nas áreas da literatura, crônicas, ensaios e poesias com o objetivo de estreita os laços entre os livros e os leitores.  

Sobre a Bienal  

Com variada programação, que está sendo capitaneada pelas equipes da Ufal, via Edufal, Pró-reitoria de Extensão (Proex), Coordenação de Assuntos Culturais (CAC) e Assessoria de Comunicação (Ascom) a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contará com o Governo de Alagoas como correalizador do evento, além de apoio do Sebrae e outras instituições.  

Acompanhe também as redes sociais do evento: @bienalalagoas no Instagram e no Facebook