Especialização “Práticas Culturais Populares” tem aula inaugural aberta ao público
Aula será ministrada pela antropóloga Angela Mascelani, diretora do Museu do Pontal
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A primeira pós-graduação realizada pelo Museu Théo Brandão (MTB) e pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) terá a aula inaugural no dia 14 de abril (sexta), a partir das 18h30, no auditório da Associação Comercial, no Jaraguá. A antropóloga, curadora e diretora do Museu do Pontal (no Rio de Janeiro), Angela Mascelani, irá realizar uma palestra, intitulada “Nas redes das artes e das culturas populares”. O evento é aberto ao público em geral.
Angela Mascelani tem graduação e mestrado em Artes, e doutorado em Antropologia. Ela tem livros publicados, que tratam da cultura popular no país, destacando-se O Mundo da Arte Popular Brasileira (Ed. Mauad, 2000) e Caminhos da Arte Popular: O Vale do Jequitinhonha (Museu Casa do Pontal, 2008). De acordo com a antropóloga, a proposta da palestra é fazer uma conversa com os alunos e professores, abordando temas que envolvem a cultura popular no campo das artes. “A ideia é propor uma discussão sobre como se constituem os mundos das artes e problematizar as maneiras como os criadores populares são nomeados, ora como artistas, ora como artesãos. Também serão abordadas as seguintes questões: como a criação de memórias gera reconhecimento e ampliação da noção de patrimônio e dos sentidos de pertencimento? Quem faz a rede de agentes na cultura? Qual o papel dos museus na contemporaneidade?”, detalhou Angela.
Todas as aulas do curso de especialização em Práticas Culturais Populares serão na modalidade presencial e acontecerão uma vez por mês, nos finais de semana. Dos 523 candidatos que se inscreveram para uma vaga na pós-graduação, 37 foram selecionados para participar da pós-graduação. O curso tem carga horária de 360 horas, distribuídas em dez disciplinas e na produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As áreas de pesquisa do curso são Aspectos ético-jurídicos na produção cultural, Cultura popular, Design e inovação na gestão cultural, Educação patrimonial, Museologia e arquivologia e Patrimônio cultural.
De acordo com a diretora do MTB, Hildenia Oliveira, a especialização visa refletir sobre o universo da gestão cultural. “Significa incluir desde modelos de gestão até questões relativas às políticas públicas para o setor – com base não só em dados concretos, empíricos, mas sobretudo em discussões e vivências focadas nas diferentes expressões culturais do povo alagoano, com ênfase nos estudos sobre cultura, povo, folguedos, saberes e fazeres tradicionais, afro-brasileiros e indígenas” ressaltou Hildênia.