Equipe de estudante da Ufal é finalista em Desafio Liga Jovem do Sebrae

Amanda Caroline Lopes é estudante de Arquitetura e orientou a equipe no maior evento de startups do Brasil

Por Jacqueline Freire – jornalista, com Agência Sebrae de Notícias
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A estudante Amanda Caroline Lopes, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi a orientadora da equipe Callíope no maior evento de startups do Brasil, o Bossa Summit. As estudantes secundaristas Ariana Sposito, Ana Clara Lopes, Luísa Lins, Júlia Silveira, Alice Rocha e Amanda Lopes, fazem parte de um dos seis grupos que venceram a final do Desafio Liga Jovem, realizado em São Paulo.

A Callíope segue agora para uma missão internacional a fim de visitar centros de inovação em Madri, na Espanha. O Bossa Summit faz parte do Desafio Liga Jovem, realizado pelo Sebrae e pelo Instituto Ideias de Futuro, e recebeu mais de cinco mil inscritos de todo o Brasil, com 100 equipes selecionadas para a semifinal, de onde saíram os 20 finalistas e, finalmente, os seis grupos vencedores da maior competição nacional de empreendedorismo e tecnologia para estudantes do ensino fundamental e médio.

A equipe campeã de Alagoas foi selecionada pelo Sebrae para representar o estado, no desafio de apontar soluções tecnológicas para problemas detectados nos ambientes escolares ou na comunidade. “Participar dessa competição foi muito gratificante, principalmente por ter ajudado as meninas a escolherem a temática do projeto. A experiência também foi muito boa pelo fato de que eu estava trabalhando junto com quem conheço, uma das meninas da equipe é minha irmã, e as outras são suas amigas, então eu já tinha convivência com elas, o que acho que facilitou muito o desenvolvimento do projeto”, comenta Amanda.

O projeto alagoano apresentado no evento e que conquistou o júri é o protótipo de um aplicativo que tem o objetivo de garantir acessibilidade para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no meio escolar, abrindo um novo mundo de possibilidades de aprendizagem, desenvolvimento e socialização. O aplicativo usa a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) para ajudar esses alunos a conseguir maior interação com outras crianças, com a família e educadores.

Para Amanda o projeto foi uma forma de ampliar horizontes. “Acho que é muito enriquecedor sair da nossa bolha, das coisas que a gente está acostumada no cotidiano, e poder ajudar outras pessoas, que é até uma coisa que eu trago muito da Enactus e das minhas experiências pessoais. E a temática que elas escolheram, que foram os autistas não verbais, mostra que é possível a gente ajudar a pessoas diferentes mesmo sem ter convívio diário com elas”, afirma.

A expectativa agora é colocar o aplicativo para funcionar. “Ele está em processo de desenvolvimento porque só tínhamos o protótipo por enquanto, mas o programador já está trabalhando nele, e nós também estamos com uma ideia de fazer um jogo educativo físico para poder alcançar também aqueles que não têm acesso a celulares. Espero que a gente consiga levar pra frente e com isso alcançar e ajudar essas crianças no seu desenvolvimento”, confia a estudante.

Enactus

O convite para participar do desafio chegou através da Enactus Ufal, organização internacional sem fins lucrativos presente em 37 países, que engaja alunos de diferentes instituições de ensino, com apoio de professores e líderes de negócios, para desenvolver projetos de impacto socioambiental. Ativa em Alagoas desde 2015, a Enactus Ufal reúne estudantes dos campi A.C. Simões e Ceca para o desenvolvimento de soluções sustentáveis por meio do empreendedorismo social, acumulando diversas premiações a nível nacional como reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos.