Estudantes de Engenharia de Pesca usam tecnologia para prever desastres

Capacitação é em mapeamento, avaliação e gestão de eventos como inundações e desastres hidrológicos

Por Ascom Ufal
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Professor Igor da Mata com estudantes
Professor Igor da Mata com estudantes

Estudantes do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), estão participando de capacitações em mapeamento, avaliação e gestão de desastres. As aulas acontecem na disciplina de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, sob coordenação do professor Igor da Mata.

A ideia é aprender a realizar mapeamento remoto de elementos físicos, humanos e naturais, como lagoas marginais em um conjunto de plataformas abertas, gratuitas e colaborativas, desenvolvida pelo Humanitarian OpenStreetMap Team (HOT).

“O HOT Export Tool, como o próprio nome diz, é uma plataforma que exporta os elementos desejados, desde que já inseridos e validados no Tasking Manager, MapSwipe e OSM, para posterior cálculo das áreas e elaboração de mapas cartográficos em QGis”, explica o professor Igor. Durante as aulas, também foi mostrado como utilizar dados e bases de mapas do IBGE e do Serviço Geológico dos Estados Unidos. “Essa abordagem acessível e gratuita, possibilita a elaboração de mapas sobre diversos temas”, afirma o professor Igor.

Esses elementos serão utilizados, com a modelagem de relevo por satélite para previsões hidráulicas de inundações, coadunando com os objetivos dos projetos MapSãoFrancisco e MapJequiá para Mapeamento de Populações em risco de Inundações no Baixo São Francisco e na lagoa de Jequiá; do recém-criado Comitê da Ufal para Mudanças Climáticas, Risco de Desastres hidrológicos e Adaptação; bem as demandas recentes do Ministério Público de prevenção de inundações em bacias hidrográficas inseridas em Alagoas.

Segundo o estudante Makes Batista, a atividade é intrigante e desafiadora. “Fiquei empolgado com a introdução ao QGIS. Após exportar os dados geográficos para o programa, fiquei intrigado com as diversas possibilidades de sobreposição de mapas. Isso me levou a refletir sobre as aplicações práticas dessa ferramenta nas minhas atividades”, destaca. Ele lembra ainda que a Hot export Tool, ferramenta de exportação do HOT, que permite baixar recortes personalizados, facilita o mapeamento, permitindo uma melhor integração com o QGIS ao produzir mapas detalhados com alta precisão. “Estou determinado a me aprofundar nas potencialidades do QGIS e explorar tudo o que ele pode oferecer!”, diz.

As atividades são também acompanhadas por duas monitoras. Segundo uma delas, a aluna do curso de Engenharia de Pesca Chaiane Assunção, a exploração das aplicações de geoprocessamento e sensoriamento remoto na engenharia de pesca permite um tratamento eficaz de dados espaciais, utilizando técnicas que identificam e quantificam os componentes e processos de geossistemas. “Essas aplicações são fundamentais para o gerenciamento sustentável dos recursos naturais. Como monitora da disciplina de geoprocessamento e sensoriamento remoto, sinto-me motivada e otimista com o uso de ferramentas abertas, que não apenas promovem o aprendizado, mas também a produção de informações relevantes”, afirma.

Na disciplina de Meteorologia Física e Sinótica, os estudantes estão preparando um seminário sobre a situação climática em diferentes partes do mundo, e como o cenário atual está causando aumento da vulnerabilidade e ocorrência de desastres.