Estudante de Medicina relata a participação em importante evento científico internacional
Kátia Floripes esteve no 16º WSC, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes
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A estudante de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Kátia Floripes, voltou com muitas informações na bagagem depois de participar do 16º Congresso Mundial de Acidente Vascular Cerebral (WSC 2024), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. “Foi uma experiência única, sendo importante destacar que a partir do momento que você faz algo que realmente gosta, mesmo tendo sido cansativo, tudo torna-se fácil e prazeroso”, declarou a pesquisadora.
Kátia é enfermeira aposentada, com anos de experiência profissional, e decidiu voltar a estudar para se formar em Medicina. Como acadêmica, ela teve a oportunidade de participar de um evento que é de grande importância para a comunidade médica internacional especializada em doenças cerebrovasculares, com mais de dois mil participantes, reunindo especialistas, pesquisadores e profissionais de saúde de todo o mundo. Além de aprender, ouvir pesquisadores e profissionais renomados, ela também apresentou trabalhos. “Apresentei, em formato de banner, quatro trabalhos, relacionados à prevenção para o AVC por meio da melhoria da qualidade de vida como: saúde mental, alimentação saudável, lazer e atividade física. Tive também a oportunidade de realizar a demonstração de uso de cateter minimamente invasivo no diagnóstico do AVC”, relatou.
Uma grande quantidade de pesquisas e estudos foram apresentados durante o congresso, que teve mais de 200 palestrantes e mais de mil trabalhos científicos. Entre os temas abordados estavam as novas estratégias para reduzir o risco de AVC, avanços nas terapias para pacientes com AVC agudo, meios para otimizar a recuperação dos pacientes e discussões sobre o impacto do AVC na sociedade.
“Pudemos perceber que, apesar de termos a prevenção como um dos principais focos, não podemos negligenciar as demais abordagens que exigem atuação multidisciplinar”, ressaltou a pesquisadora. Kátia informa que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. De acordo o Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC) do Brasil, com dados dos atestados de óbitos brasileiros, a mortalidade por AVC no Brasil cresceu, ultrapassando infarto: foi de 103.769, em 2019, para 112.052, em 2023. “Neste ano de 2024, até o mês de agosto/24, segundo dados dos registros de atestados de óbitos, morreram 50.133 brasileiros por AVC no nosso país”, detalhou.
Por isso, a enfermeira e acadêmica de Medicina considera fundamental informar a sociedade, para reconhecer os sintomas. “Disseminar o conhecimento de que o AVC é uma emergência médica e melhorar o conhecimento da população sobre seus sinais e sintomas, fatores de risco e a necessidade de controle adequado destes é fundamental. É preciso ter campanhas de prevenção popular para que todas as pessoas possam reconhecer os sinais de alerta, como: perda súbita de força ou formigamento de um lado do corpo, dificuldade súbita de falar ou compreender, perda visual súbita em um ou ambos os olhos, súbita tontura, perda de equilíbrio e ou de coordenação; e dor de cabeça súbita, intensa sem causa aparente”, alertou a graduanda.
Apesar de viajar para um país culturalmente bastante diferente e conviver com pessoas de todas as partes do mundo, Kátia não teve dificuldades em confraternizar. “Consegui socializar com os demais participantes em momentos de discussão de casos , apresentação dos banners, visitas aos estandes com demonstrações de modernos métodos de diagnósticos e tratamento da patologia. A quantidade de mulheres e homens era bem proporcional. Mesmo com as diferenças culturais e linguísticas, existia uma harmonia entre todos, porque estávamos ali em prol de um mesmo objetivo: a melhoria da qualidade de vida”, finalizou a estudante.
Para mais informações sobre o 16º Congresso Mundial de Acidente Vascular Cerebral, você pode visitar o site oficial do evento.