Professores capacitam pequenos agricultores sobre turismo de base comunitária
A atividade faz parte do projeto Paisagens Alimentares coordenado pela Embrapa
- Atualizado em
Os professores Carlos Everaldo Silva da Costa e Valdemir da Silva, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), participaram, como instrutores, de mais uma capacitação técnica do projeto Paisagens Alimentares, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), empresa pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O curso de capacitação técnica ministrado pelos professores teve como objetivo esclarecer aos produtores e agricultores sobre as possibilidades de investimento em um novo conceito de turismo que vem ganhando cada vez mais espaço. “É o turismo de base comunitária a partir da lógica do foodscape, que busca enfatizar as singularidades das comidas feitas nesses lugares, a partir do projeto Paisagens Alimentares”, explica Carlos Costa.
O curso foi realizado nos dias 29 a 31 de janeiro, no Campus de Piranhas, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), com a participação de cerca de 40 produtores rurais, que vieram da própria cidade onde ocorreu a atividade e também dos municípios sertanejos: Olho D’Água do Casado e Delmiro Gouveia. Os representantes das comunidades foram orientados sobre gestão de negócios cooperativos, comunicação, hospitalidade ao turista e precificação.
Os professores Carlos Costa e Valdemir da Silva participam dessas iniciativas desde 2017. “Atuamos em parceria com a Embrapa em grupos, como associações e cooperativas, que atuam com agricultura familiar e camponesa no semiárido alagoano. Neste projeto específico, a intenção foi sensibilizá-los sobre associativismo e cooperativismo e também capacitá-los sobre gestão organizacional, com o uso de ferramentas que auxiliem na organização interna e externa”, detalha o professor.
O conceito de Paisagens Alimentares está sendo abordado no mundo inteiro. “No Brasil, surge como uma política pública e tem sido apresentada como forma de empoderar também outros tipos de organizações, como no caso dessas associações. O contato ocorreu com a Veredas da Caatinga, localizada em Delmiro Gouveia, assim como a Pegadas da Caatinga, de Olho D’Água do Casado”, relata Carlos.
Esse trabalho de Extensão da Feac contou também com a participação da estudantes de Contabilidade, Livia Maria Alves Santos. “Após as capacitações, nossa ação de extensão continuará com a construção de planilhas financeiras que precifiquem cada um dos produtos e serviços ofertados pelas duas associações e nesta fase, queremos aproximar mais estudantes da Feac”, planeja o professor.
Agora em fevereiro, esta mesma capacitação ocorrerá em Palmeira dos Índios, com outras associações de agricultores. Carlos considera que, para os estudantes da Ufal, a participação neste projeto traz um importante aprendizado, além de incentivar os jovens das comunidades a buscarem novos conhecimentos na Universidade. “Os jovens das associações podem, futuramente, enveredar para a gestão, nos cursos de Administração, Contabilidade e Economia.