Estudante conquista segundo lugar em premiação nacional de Comunicação e Justiça
Artigo de Thiago Ferreira analisou estratégias comunicacionais aplicadas pelo Ministério Público de Alagoas em campanha contra assédio
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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se destacou na 22ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça por meio da conquista do estudante Thiago Ferreira, do curso de Relações Públicas. O jovem conquistou o segundo lugar na premiação com um artigo, resultado de análise das estratégias de comunicação aplicadas na campanha Assédio Não – Dignidade para Todos, experienciada no Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL).
Para o estudante, a conquista foi de grande alegria, especialmente por ser a primeira vez com um trabalho acadêmico. "Ser premiado no maior congresso de comunicação e justiça do país, competindo com gente de todo o Brasil, é de uma felicidade enorme, além de demonstrar que somos capazes de ocupar os espaços que desejarmos. Já tive a oportunidade de ser premiado nesse mesmo congresso em anos anteriores, mas, com trabalho acadêmico foi a primeira vez", disse.
A professora Manoella Neves, orientadora do trabalho, apontou que a conquista pode servir de inspiração para outros estudantes. "Este trabalho é um relato de uma atuação efetiva da comunicação no campo da justiça e essa premiação significa então um reconhecimento da importância da ação comunicativa no Ministério Público de Alagoas e nas instituições parceiras nesta ação. Outra questão significativa deste prêmio é que ele certamente será uma motivação para que outros discentes possam usar seus espaços de trabalho e estágio como fonte para produção acadêmica que relatem e reflitam sobre seus fazeres nestes espaços", celebrou a docente.
Thiago reiterou a fala de Manoella e agradeceu a parceria com a orientadora. "Essa conquista é fruto de uma parceria muito bonita com a professora Manoella Neves onde, juntos, pudemos aplicar um conhecimento técnico-científico em um trabalho aplicado na sociedade alagoana por uma assessoria de comunicação", vibrou o estudante, que também é servidor do Ministério Público de Alagoas.
Da campanha ao artigo
A campanha Assédio Não – Dignidade para Todos surgiu a partir de uma demanda da Ouvidoria do MP-AL e foi realizada em duas etapas: a primeira, em 2022 com duração de 4 meses e 20 dias, focada no público interno da organização; e a segunda, no ano seguinte, com duração de 4 meses, foi trabalhada a interinstitucionalidade da comunicação a partir de um plano que envolveu 12 instituições participantes e tendo como foco o público externo.
“O slogan foi o Dignidade para Todos, sendo complementado pela frase São inaceitáveis comportamentos que firam a dignidade humana. As peças publicitárias também vinham acompanhadas de um assediômetro, uma espécie de termômetro com cores de semáforo que indicavam situações permitidas [cor verde], as que precisavam de alerta [cor amarela] e as proibidas [cor vermelha], que serviram de orientação para todos”, explicou Thiago, em seu artigo.
Thiago, então, viu nessa campanha a oportunidade para produzir um artigo científico que, sob orientação da professora Manoella Neves, contou com pesquisa documental e bibliográfica, tendo como fontes as publicações sobre a campanha por meio dos sites e redes sociais do Ministério Público, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), além de instituições parceiras da campanha.
“Para o suporte teórico foi feita uma revisão bibliográfica que pudesse fundamentar as estratégias de comunicação identificadas. E para compreender a sua efetividade, foi realizada uma pesquisa por meio de formulário eletrônico com servidores do MP-AL e população em geral. O resultado foi demonstrado mediante um leve aumento no número de denúncias ocorridas na instituição”, apontou Thiago.