Pesquisas da Ufal na área de dança serão apresentadas em evento nacional

Os trabalhos fazem parte do processo de criação de um espetáculo a partir do projeto de extensão Mostra Alagô

Por Manuella Soares - jornalista
Grupo com pesquisas na área de dança que levará para evento nacional
Grupo com pesquisas na área de dança que levará para evento nacional

Antes do palco, muita pesquisa! Estudantes da Ufal tiveram seus trabalhos de pesquisa na área de dança reconhecidos pela Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (Anda). Os cinco artigos foram aprovados e serão apresentados durante a 8ª edição do Encontro Nacional do Anda, de 4 a 9 de novembro, em Salvador-BA.

Os trabalhos que vão ser expostos num dos eventos de pesquisa em Dança mais importantes do país resultam do projeto de extensão Mostra Alagô 5, aprovado no Programa Vivências Artísticas e coordenado pela professora Kamilla Mesquita. “Fico muito feliz com a aprovação dos trabalhos dos estudantes no congresso da Anda. São trabalhos de caráter autoral, embasados nas pesquisas teóricas, mas também nas pesquisas artísticas de cada um dos estudantes. O que fortalece o caráter de práxis tão característico da construção de conhecimento em Dança, além de reafirmar a relação intrínseca entre ensino; pesquisa e extensão”, comentou

A professora conta que o objetivo principal do projeto é a criação de um espetáculo intitulado Mina 18, motivado pelas questões políticas e ambientais acerca das minas de exploração de sal-gema. Durante a construção do espetáculo os estudantes desenvolvem pesquisas criativas que culminaram nos artigos acadêmicos selecionados para o congresso que este ano será sediado na Universidade Federal da Bahia (Ufba). “São pesquisas realizadas dentro de projeto extensionista que estão ganhando espaço para além das salas de aula da Ufal. Conquistam outros âmbitos acadêmicos e, em breve, vão ocupar espaços de difusão artística e de ensino-aprendizagem”, reforçou Kamilla.

O projeto tem, atualmente, 4 bolsistas e 4 voluntários. Os trabalhos selecionados foram Memória ancestral: o ambiente natural como meio de criação em dança, de Italo Souza; Ecos do sofrimento, flashs e memórias: fluxos contínuos para a criação em dança, de Kaique Leonardo; Nosso ouro, nossa maior riqueza: cadê o sururu que estava lá?, de Vitória Safi; As margens que dançam: as danças dissidentes do Vergel do Lago, de Cleane Santos; e A mina que guarda conhecimentos: desdobramentos da cena como forma didática, de Gisela Américo e Jerônimo Silva.