Xadrez feminino da Ufal conquista primeiro lugar nacional nos JUBs

O Clube de Xadrez (CX) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) conquistou o primeiro lugar nacional no campeonato de xadrez feminino dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Realizado em Natal (RN), entre os dias 7 e 10 de outubro, o evento reuniu atletas de diversas instituições de ensino superior de todo o país. 

Representando a Ufal, as estudantes Luysy Acioli, da Faculdade de Direito (FDA), e Raíssa Moura, da Faculdade de Medicina (Famed), obtiveram quatro pontos cada nas seis rodadas disputadas, resultado que garantiu a primeira colocação geral em duplas e marcou um feito histórico para o xadrez universitário alagoano.

Para Luysy, fazer dupla com Raíssa foi essencial para a vitória, e o primeiro lugar só existiu graças à parceria entre as duas. “A gente sabia que tinha uma dupla forte e que poderíamos chegar ao pódio, mas trabalhamos muito para que tudo desse certo. As outras duplas também eram muito boas, mas desde o início do campeonato nosso objetivo era o primeiro lugar — e deu certo”, contou.

Raíssa acrescentou que, para além do pódio, ela e a parceira aprenderam muito com a experiência e sentiram um orgulho especial em representar a universidade na competição. “Pra mim, o esporte não é só ganhar ou perder. Ele tem a função de construir vivências, ampliar a visão de mundo e melhorar a vida da gente. Participar de um torneio como esse, representar a universidade e estar em contato com outros competidores foi incrível. Isso me motiva ainda mais a continuar e é uma oportunidade de crescimento, tanto pessoal quanto esportivo”, destacou a estudante.

O técnico das atletas, Davi Matheus, egresso do Instituto de Matemática (IM) e atual doutorando, também celebrou o resultado e afirmou nunca ter duvidado da capacidade das competidoras em conquistar o sonhado primeiro lugar. “Acompanhei com grande expectativa cada rodada. Diferente de outros esportes, no xadrez o técnico não pode ficar dentro do salão de jogos, então eu ficava do lado de fora, esperando por notícias e torcendo a cada movimento. Quando elas saíam e contavam o resultado, eu vibrava muito. As meninas se dedicaram muito durante os treinos e mereceram o resultado”, contou o técnico.

Sobre o CxUfal

Criado em 2018 no Instituto de Matemática (IM), o Clube de Xadrez da Ufal (CXUfal) nasceu da iniciativa de estudantes e professores apaixonados pelo esporte, que começaram organizando pequenos torneios entre amigos no próprio bloco do instituto. O que começou como uma atividade recreativa rapidamente cresceu, à medida que mais alunos demonstravam interesse em participar das partidas e o grupo expandiu realizando torneios e campeonatos internos para ampliar o público de amantes do esporte.

 Além dos campeonatos, o CXUfal também oferece oficinas por meio do Programa Esporte na Ufal, nas quais os iniciantes aprendem desde o básico, enquanto os mais experientes têm a oportunidade de treinar e participar de disputas internas e externas. Com isso, o clube se tornou um espaço de integração e aprendizado, fortalecendo a presença do xadrez dentro da comunidade universitária.

Raíssa lembra que foi graças ao clube que ela manteve o vínculo com o xadrez após ingressar na graduação. “Eu comecei a jogar antes da universidade, ainda mais nova. E quando entrei na Ufal, encontrei o clube que me incentivou muito para que eu continuasse praticando só que agora em nível universitário. O clube tem um papel muito importante, porque o xadrez nem sempre é um esporte muito valorizado, então às vezes as pessoas desanimam. Mas o CXUfal ajuda a integrar os jogadores e manter a prática viva dentro da universidade”, afirmou a estudante. 

Para quem deseja participar das atividades, o técnico explica que o acesso é simples e aberto a todos os interessados. Através do Instagram @cxufal, é possível acompanhar as datas das monitorias e também informações sobre os campeonatos. “Para as monitorias, o aluno basta entrar em contato conosco por lá, e nós repassamos o link do grupo. As atividades são abertas para todos os níveis, desde iniciantes até jogadores mais experientes”, detalhou Davi Matheus. Segundo ele, o clube deve retomar o ciclo de monitorias e oficinas no próximo semestre, junto ao retorno das aulas, mantendo viva a tradição de difundir o xadrez na Universidade.