Estudantes da Famed contam com espaço para autorregulação emocional
A nova sala funciona das 7h às 19h no Bloco C e foi montada com equipamentos neurossensoriais
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“Desacelere, respire, relaxe, contemple”. São as palavras das plaquinhas penduradas na parede da Sala de Autorregulação, inaugurada na última semana de janeiro, na Faculdade de Medicina (Famed) da Ufal. O novo espaço foi pensado para acolher os estudantes portadores de neurodivergências, resultado de uma demanda que nasceu dos próprios alunos e cresceu nas discussões da Comissão de Apoio ao Discente (CAD).
“Ao longo dos 75 anos de história da Famed vários desafios foram enfrentados e superados. Um dos mais desafiadores, urgentes e recentes nesse caminho é a adaptação necessária a alunos portadores de deficiência [PCDs], incluindo o Transtorno do Espectro Autista [TEA]. A adaptação pedagógica e estrutural, dentro de nosso contexto, não é fácil. Mas, com boa vontade e obedecendo a legislação vigente, temos tido avanços nos últimos anos, apesar do longo caminho ainda necessário para que nos tornemos referência em inclusão”, destacou o professor David Buarque.
A Sala de Autorregulação fica localizada no Bloco C da Famed e funciona das 7h às 19h. O local conta com mesa para estudo, equipamento neurossensorial, puffs e tapete para deitar. De acordo com David, a ideia é tentar viabilizar uma sala tranquila e com estímulos sensoriais adequados onde o aluno consiga se autorregular de acordo com suas necessidades.
“O espaço tende a não ser exclusivo para alunos com TEA, mas pode abarcar outras situações, como crises de ansiedade que, infelizmente, se tornam frequentes em nossa sociedade e é refletida em nossas cadeiras. Onde houver necessidade de autorregulação em um ambiente mais tranquilo e acolhedor, o espaço poderá ser utilizado”, explicou.
A vice-reitora Eliane Cavalcanti e os gestores das pró-reitorias Estudantil e de Infraestrutura participaram da inauguração. “Ressalto o apoio irrestrito que recebemos. Temos a felicidade de contar com uma equipe sensível e engajada em buscar soluções humanas e adequadas, dentro de nossas óbvias limitações”, finalizou Buarque.