Ufal lança projeto para incentivar participação das meninas nas Ciências

Nesta terça-feira (11), data em que se celebra o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, aconteceu a solenidade de abertura do projeto "BrilhanteMente: motivando meninas nas exatas através da Física Estatística e Computacional aplicada à Neurociência". O evento ocorreu no auditório do Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e contou com a presença das 20 alunas selecionadas para a primeira edição do projeto.

A cerimônia foi conduzida por uma mesa de abertura composta por Magna Suzana Moreira, coordenadora de Pesquisa na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep), que representou a gestão da Ufal; Pedro Valentim, vice-diretor do Instituto de Física (IF); e as professoras responsáveis pelo projeto. O evento contou com transmissão on-line para a participação de cientistas egressas da Ufal que hoje atuam em diferentes instituições internacionais de pesquisa.

Desenvolvido pelas professoras Fernanda Matias e Maria Socorro Seixas, o projeto "BrilhanteMente" busca incentivar a participação de meninas nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação, combinando Física Estatística, Computacional e Neurociência. Com um financiamento de R$ 597 mil do CNPq, MCTI e Ministério das Mulheres, o projeto oferecerá bolsas de iniciação científica para 20 alunas de escolas públicas durante três anos.

Na sua fala durante a solenidade de abertura, a professora Magna destacou a necessidade de políticas institucionais para garantir a equidade de gênero na ciência e reforçou a importância da minuta da Política de Igualdade e Equidade Étnico-Racial e de Gênero da Ufal. “Avançamos em ações afirmativas, como o Prêmio Meninas e Mulheres na Ciência, mas é fundamental aprovar essa resolução para consolidar iniciativas permanentes de inclusão e proteção às mulheres na universidade”, destacou a pesquisadora.

Já o vice-diretor do Instituto de Física, Pedro Valentim, parabenizou as professoras pelo projeto, enfatizando que iniciativas como essa, que oferecem bolsas e suporte a jovens alunas de escolas públicas, são um orgulho para a Ufal e para Alagoas. Ele incentivou as estudantes a aproveitarem a Universidade ao máximo. “Aproveito para comprometer o nosso Instituto a avaliar a minuta defendida pela professora Magna, por reconhecermos a necessidade de regulamentar as políticas afirmativas”, garantiu.

A professora Socorro celebrou a continuidade das ações voltadas para mulheres na ciência e mencionou a presença de egressas do Instituto de Física como colaboradoras do projeto. Ela homenageou as professoras do Instituto de Física, que são egressas da Instituição. “Nós nos inspiramos em modelo. Uma dessas mulheres inspiradoras é a professora Maria Tereza de Araújo, por sua contribuição na organização da Expofísica, na criação do primeiro laser de Alagoas em tudo o que ela realiza nesta Unidade”, declarou a coordenadora do Projeto.

Por fim, a professora Fernanda Matias abordou a relevância do projeto como parte de um movimento maior para ampliar a participação feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Ela explicou que estudos demonstram como, desde cedo, meninas tendem a associar genialidade a figuras masculinas, evidenciando a necessidade de projetos que reforcem a autoestima e incentivem a presença feminina nas ciências. “Só quem fez coisas grandes foram os homens, onde estão todas as mulheres da história?”, refletiu a pesquisadora.

Entre as estudantes bolsistas, Eloah Vitória estava ouvindo tudo com muita atenção e não escondia o entusiasmo. “Estou muito feliz por ter sido selecionada. Eu gosto de estudar exatas e eu quero muito estudar na Ufal, então já é um sonho estar aqui como bolsista. Pretendo aprofundar meus estudos e me preparar para ser uma futura pesquisadora”, planeja a estudante secundarista e bolsista do projeto.

Para mais informações sobre as docentes do Instituto de Física, assista à entrevista no IFCast: Assista Aqui.

Leia também em anexo, a Minuta da Política de Gênero da Ufal