Evento no campus aborda responsabilidades e desafios do arquiteto e urbanista

Semau apresentou debates, oficinas e exposição artístico-cultural

Por Maria Villanova – estudante de Jornalismo Fotos: Renner Boldrino
Semau apresentou debates, oficinas e exposição artístico-cultural
Semau apresentou debates, oficinas e exposição artístico-cultural

Com o tema ‘Entrelaços e atravessamentos urbanos’, a 17ª Semana de Arquitetura e Urbanismo (Semau) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) debateu os desafios éticos e o papel social do profissional perante a sociedade. Com apresentações de trabalhos, oficinas, palestras e uma exposição artístico-cultural no hall do prédio da Reitoria, o evento aconteceu de terça-feira (5) até a quinta-feira (7), sendo organizado pelo Programa de Treinamento Especial em Arquitetura e Urbanismo (PET-ARQ).

Debatendo temáticas como mudanças climáticas, sustentabilidade, gestão urbana, direito à cidade, patrimônio cultural e ambiental, ancestralidade, territorialidade e ética na construção dos espaços urbanos, a Semau reuniu profissionais, estudantes, professores e sociedade civil.

A solenidade de abertura teve início com apresentação cultural da estudante Inara Teodoro, cantando sucessos da MPB, e a formação da mesa de abertura composta por Fernando Sá, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU); Flávia Marroquim, coordenadora de graduação de Arquitetura e Urbanismo; Ricardo Barbosa, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo; Dani Amatte, coordenadora do curso de Design; Lúcia Hidaka, tutora do PET-ARQ; além das estudantes Stephany Silva e Vida Nery, que participaram da organização do evento. 

Este é um ano de comemorações para o curso de Arquitetura e Urbanismo, o que torna a 17ª Semau ainda mais especial: além dos 20 anos do evento, que ocorre a cada dois anos, também se comemora os 30 anos de criação do PET-ARQ, que contribui diretamente para a atuação profissional do estudante e faz compreender melhor o seu espaço e compromisso perante a sociedade. 

O professor Fernando Sá reforçou a importância do evento na discussão de pautas relacionadas a mudanças ambientais e seus impactos, inclusive, em Maceió, onde houve o afundamento do solo provocado pela mineração. O docente destacou o papel ético-social do arquiteto e urbanista na mitigação de danos e resiliência. “É importante uma arquitetura que traga responsabilidade social e que tenha compromisso com as questões existentes hoje, não há como falar em exercício profissional sem falar de ética profissional”, ressaltou.

Reforçando a questão da ética na atuação de arquitetos e urbanistas, a professora Flávia Marroquim aconselhou os estudantes a aproveitarem o momento acadêmico, como futuros profissionais, para se aprofundar em discussões sobre mobilidade urbana. “É interessante refletir sobre a melhor forma para que essas transformações ocorram de maneira que as cidades sejam mais justas e resilientes”, afirmou.

Já o professor Ricardo Barbosa reforçou a importância dos programas de mestrado e doutorado ofertados pela Universidade, e da qualidade técnica das pesquisas desenvolvidas. “Hoje, temos em torno de 120 alunos em mestrado ou doutorado, e reforço a importância da ocupação dos espaços de pesquisa pelos estudantes”. A professora Dani Amatte agradeceu o convite de participação e destacou a importância da união entre designers, arquitetos e urbanistas para pensarem conjuntamente em soluções para a sociedade.

Despedindo-se após seis anos à frente do PET-ARQ, que será assumido pelo professor Luiz Philippsen, a professora Lúcia Hidaka agradeceu o apoio dado pelo reitor Josealdo Tonholo e pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd), em especial à pró-reitora Eliane Barbosa e ao coordenador de Projetos Pedagógicos, Willamys Silva, para a realização do evento. A docente parabenizou também a equipe de estudantes que participaram da organização da semana. Por fim, Vida Nery e Stephany Silva agradeceram a dedicação da professora nas atividades realizadas enquanto tutora do PET-ARQ.

Tradição e compromisso com a sociedade 

Além de um espaço de integração, troca de experiências, conhecimento, fortalecimento da pesquisa e preparação profissional, a Semau também representa um compromisso com a sociedade ao debater temas que envolvem adequação e mobilidade do espaço urbano, habitação, patrimônio cultural e material, ocupação justa e consciente dos espaços públicos. 

A edição deste ano, que contou com um espaço com fotografias, desenhos e pinturas de estudantes em uma exposição localizada no hall da Reitoria, reflete sobre as complexidades da profissão, com a análise de dinâmicas urbanas e transformações enfrentadas na sociedade diante dos desafios climáticos atuais. 

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