Expofísica leva experimentos e teatro científico à comunidade escolar
Estandes apresentam experimentos sobre som, luz e poluição, com destaque para inovações sobre microplásticos e fluorescência
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Você sabe o que a Física e a Cultura Oceânica têm em comum? Os dois estarão juntos na Expofísica, evento promovido pelo Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que chega à sua 20ª edição. Consolidado como um dos maiores do segmento, o evento abre inscrições para escolas de ensino médio na segunda-feira (15) e vai até 30 de setembro, por meio de formulário online.
A ação acontece no bloco do IF, no campus A.C. Simões, e deve reunir mais de 2 mil estudantes entre os dias 14, 16 e 17 de outubro, em uma programação com oito horas diárias. De acordo com a coordenadora e idealizadora do projeto, professora Tereza Araújo, as atividades serão divididas por ciclos de até 180 alunos e para garantir a organização, cada professor poderá inscrever até 45 alunos por ciclo. O evento é aberto para a comunidade acadêmica.
“Trabalhamos com ciclos de duas horas, sendo eles 8h, 10h, 14h e 16h. Os horários são definidos pelos professores no ato de inscrição e cada ciclo terá até quatro professores e a gente vai organizando assim. E é importante lembrar que a inscrição é obrigatória”, explicou.
A programação
O evento é uma construção conjunta do Instituto de Física (IF), reunindo alunos de graduação, pós-graduação e professores, que prepararam uma programação imersiva e única para os visitantes.
“Dentro dos nossos laboratórios e estandes, vamos apresentar experimentos sobre acústica e ótica. Por exemplo, mostrar como se pode ‘ver o som’ usando placas de cládine e geradores de frequência; ou experimentos com bexiga, espelho e laser que revelam o som através da luz”, destacou a professora Tereza Araújo.
Ela acrescentou que também haverá demonstrações sobre a transmissão de luz em água salgada, evidenciando como poluentes e corantes reduzem a iluminância medida por luxímetro. Outro destaque será o uso da fluorescência para estudar os efeitos dos microplásticos. Além disso, a programação traz experimentos que utilizam técnicas de imagem e atividades que conectam ciência e cultura, como a peça teatral Oceano, que viagem! e o estande de Física da Música, ambos desenvolvidos pelos estudantes do curso.
20 edições de legado
Desde 2003, a Expofísica vem crescendo e conquistando a atenção de apaixonados e curiosos pela Física. O que começou como uma iniciativa pequena, realizada no bloco do Instituto de Física (IF), tornou-se um dos eventos mais aguardados pelos estudantes do ensino médio.
“Na época, sentimos a necessidade de aproximar a comunidade da Física, mostrar o trabalho dos profissionais da área e evidenciar como ela está presente no nosso cotidiano. O curso enfrentava baixa procura e alta evasão, então decidimos abrir as portas do Instituto, oferecendo atividades e experimentos interativos. Começamos com apenas dois dias de evento e cerca de 75 alunos. Aos poucos, o projeto foi ganhando força”, relembra a coordenadora.
Ela destaca que, desde o início, a Expofísica foi resultado de um esforço coletivo, apoiado por uma equipe que se renovou e se fortaleceu ao longo dos anos. “A iniciativa surgiu em parceria com o professor Marcelo Leite Lira e, com o tempo, outros docentes passaram a integrar a organização, como Socorro Seixas, Elton Malta e Wagner Ferreira, que hoje respondem pela coordenação dos estandes e pelo treinamento dos estudantes responsáveis pelas apresentações.”
O evento consolidou-se como uma ação colaborativa. Além dos alunos de Física, participam discentes de outros cursos da universidade, atuando como monitores e auxiliares. Professores do ensino médio e técnicos de laboratório também desempenham um papel fundamental na preparação e na realização da feira, garantindo o sucesso de cada edição.