Professores se destacam em pesquisas e eventos internacionais

No dia 4 de maio, pesquisadores espanhóis e brasileiros conseguiram um grande feito: a primeira reprodução sem indução hormonal em cativeiro do peixe cherne, ameaçado de extinção, nas instalações do Aquário Finisterrae em La Coruña- Espanha. O cherne (Polyprion americanus) é um peixe pertencente à família Polyprionidae, caracterizado por ser de grande porte e ser encontrado em profundidades de 100 a 1000 metros. Em 2008, pesquisadores da Grécia conseguiram uma única vez a desova dessa espécie, mas utilizaram hormônios.


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Pesquisadores Evaristo Gomez, à esquerda, e Emerson, ao centro, com vaso contendo a desova do cherne
Pesquisadores Evaristo Gomez, à esquerda, e Emerson, ao centro, com vaso contendo a desova do cherne

Os pesquisadores Tito Peleteiro e Evaristo Gomez (Centro Oceanográfico de Vigo- Espanha) e Emerson Soares e Themis Silva (Engenharia de Pesca - Ufal) estão acompanhando todo o desenvolvimento embrionário dos ovos e documentando todas as etapas para possível publicação em revista científica internacional. “A reprodução dessa espécie em cativeiro diminuirá a pressão pesqueira sobre este importante recurso marinho, pois fortalecerão programas de repovoamento em ambiente natural e de cultivo intensivo – piscicultura”, explica o prof. Emerson Soares, da Unidade de Penedo.

Considerada uma espécie universal, presente nos oceanos Atlântico e Índico, o cherne é muito valorizado pela pesca comercial, por isso está ameaçado de extinção em vários países. O Centro Oceanográfico de Vigo - Espanha possui exemplares dessa espécie em cativeiro, onde vem monitorando aspectos como perfil hormonal, crescimento, comportamento em ambiente confinado e reprodução.

Performance em esporte

O professor Adriano Eduardo Lima da Silva, docente da Faculdade de Nutrição (Fanut), ministrou uma palestra em uma conferência realizada em Melbourne-Austrália nos dias 20 e 21 de abril. O título do congresso foi “Towards 2016: Brazilian and Australian strategies for success” e tratou-se de um esforço realizado pelo governo australiano para aproximar os projetos entre os dois países, no que tange os jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Estiveram presentes os principais pesquisadores da Austrália conhecidos mundialmente na área de performance em esporte (professores David Bishop e Mike McKenna), o assessor cientifico do Comitê Olímpico Brasileiro (prof. Luis Viveiros de Castro) e outros pesquisadores de outras partes do mundo.

O prof. Adriano da Silva ministrou uma palestra com o título “Can better pacing strategies improve the performance of Australian and Brazilian athletes?”, apresentando os artigos recentementes publicados pelo Grupo de Pesquisa em Ciências do Esporte (GPCE) feito em colaboração com a University de Victoria. Segundo o professor, o feedback dado pelos pesquisadores presentes foi muito positivo. “Muitos elogiaram como conseguimos fazer tanto tendo tão pouco, e outros propuseram parcerias de pesquisa para o futuro. Essas parcerias são importantíssimas para a consolidação do GPCE no cenário mundial”, diz o professor.

Segundo o prof. Adriano da Silva, o mais importante é o fato desses trabalhos apresentados terem sido consequência de monografias e dissertações de Mestrado desenvolvidas na Ufal. “Isso significa que hoje, mesmo com dificuldades, produzimos algo que interessa ao mundo”, destaca o pesquisador.