Servidor da Ufal representa Estado em Conferência Nacional de Arquivos

O Técnico de Arquivo, lotado no Departamento de Administração Pessoal, Thiago Phelipe, foi escolhido, na Conferência Regional de Arquivos – Etapa Nordeste para ser Delegado representante de Alagoas na 1ª Conferência Nacional de Arquivos (Cnarq), a ser promovida pelo Ministério da Justiça, de 15 a 17 de dezembro, em Brasília (DF). A Conferência terá como objetivo a revisão dos marcos legais e institucionais da área, de forma a constituir uma política de Estado para os Arquivos em todo o país.


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No evento, será proposto um conjunto de ações, com metas, prazos e conceitos ao Governo Federal, tendo em vista a definição e implementação desta política. “Para o campo dos arquivos, esse será um processo inédito que poderá abrir um caminho fecundo para as políticas públicas arquivísticas e incorporação de diferentes segmentos em sua formulação”, relata Thiago.

Na etapa regional, ocorrida em Salvador, entre os dias 17 e 18 de outubro, os delegados eleitos apresentaram propostas ligadas aos seis eixos temáticos de debate que servirão de base para direcionar o processo de formulação de diretrizes para uma política nacional de arquivos.

De acordo com Thiago, que também é o historiador, a participação da Ufal neste processo é importante, na medida em que o Estado de Alagoas tem deficiências na área de arquivo. “Fazem-se necessários buscar parceiras do Estado com a Universidade para amenizar essa lacuna. A nossa participação na etapa regional faz parte de iniciativas dessa natureza, pois a partir dela foi possível a Ufal representar o Estado na CNARQ, deixando-nos assim, atualizados ao que se propõe em âmbito nacional para que essas medidas sejam adotadas com maior respaldo” explica Thiago.

Sobre a Cnarq

Nas últimas quatro décadas, os arquivos e a arquivologia experimentaram mudanças significativas no Brasil. As origens dessas transformações encontram-se na década de 1970 quando se delinearam alguns parâmetros fundamentais, definidores do processo de formação e desenvolvimento dos sistemas conceitual e social da área.

Em janeiro de 2011 o Arquivo Nacional foi transferido da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Justiça, com o intuito de possibilitar uma maior autonomia de ação à instituição, responsável legal pela gestão documental do Governo Federal e pela política de recolhimento dos documentos permanentes dos diversos ministérios.

Neste contexto surgiu a proposta de realização da primeira Conferência Nacional de Arquivos como espaço de mobilização de profissionais, instituições e comunidade arquivística de todo o país em torno da discussão sobre o processo de formulação de diretrizes para uma política nacional de arquivos.

A realização deste evento justifica-se em função da importância dos arquivos para o exercício do direito do cidadão à informação e à memória, para o fortalecimento do Estado brasileiro e para o desenvolvimento científico e cultural do país.

Coerente com os princípios que orientam a realização das conferências nacionais desde a década de 1980, a Cnarq deverá garantir a representatividade do setor, contemplando os diferentes pensamentos e segmentos presentes na área de Arquivos e promover a participação de diferentes setores da sociedade envolvidos com as temáticas.

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