Trabalho de servidora conscientiza à preservação de acervo da Biblioteca Central

Exposição no hall da BC expôs livros deteriorados e deu dicas de como preservar o bem público


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Servidora usa criatividade para conscientizar usuários da Biblioteca
Servidora usa criatividade para conscientizar usuários da Biblioteca

William Correia – estudante de Jornalismo

Tratar o patrimônio público com o mesmo cuidado que se lida com um objeto pessoal é um costume que algumas pessoas não carregam. Como tal característica pode ser identificada também no ambiente universitário, uma servidora da Biblioteca Central (BC) da Ufal decidiu realizar exposição onde exibe livros que receberam maus tratos de usuários e dá dicas de como manter os cuidados com o material utilizado. A exposição pode foi realizada entre os dias 5 a 9 deste mês, no hall da BC.

A ideia de criar a Campanha de Preservação do Acervo da Biblioteca Central da Ufal partiu de Taciana Sousa dos Santos e foi posta em prática durante participação em curso promovido especificamente para servidores pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep). A especialização em Gestão e Desenvolvimento Universitário tem duração de um ano, e como requisito para concluir o curso os estudantes precisam realizar intervenção no setor em que trabalham. Taciana defenderá seu trabalho de conclusão em abril de 2012.

“A minha intervenção é exatamente a tentativa de fortalecer na mente dos usuários a necessidade de cuidar dos livros, porque eles um dia deixarão de usar, mas outras pessoas irão precisar”, explica. Para isto, Taciana explorou a criatividade exibindo frases próprias, citações de músicas e textos que falam de cuidados e distribuindo panfletos educativos. Além disso, criou o “Hospital do Livro”, onde estão expostos aqueles com nível crítico de deterioração. “Recebemos de volta livros rasgados, riscados e até com folhas a menos”, exemplifica.

Taciana é graduada em Biblioteconomia pela Ufal e trabalha no Setor de Empréstimos da biblioteca desde que concluiu o curso, em 2009. Todo este tempo de vivência nos ambientes da BC possibilitou a ela observar como se dá o contato dos alunos com os livros que eles utilizam. “Infelizmente, ainda há aqueles que tratam o livro que pegam emprestado de qualquer forma, sem nenhuma preocupação com a sua preservação”, lamenta.

A intenção da servidora é ampliar a periodicidade da exposição. “Pretendo montá-la todo início de ano letivo, para que os ‘feras’, desde cedo, sejam instigados a cuidar do patrimônio que irão usufruir durante os anos seguintes”, diz.