Professora da Esenfar participa de recorde nordestino de paraquedismo

Ruth Trindade integrou grupo de 20 atletas que saltou simultaneamente nos céus do Ceará


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O recorde foi batido depois de quatro tentativas
O recorde foi batido depois de quatro tentativas

Jhonathan Pino - jornalista

A professora Ruth Trindade participou, no dia 8 de julho, de mais um recorde do paraquedismo nordestino. Junto com outros 19 atletas, ela saltou sobre os céus da cidade de Cascavel, no Ceará, e foi a única alagoana a participar do feito. Atletas vindos dos estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Ceará, depois de quatro tentativas, conseguiram bater o recorde de formação em queda-livre, saltando de duas aeronaves simultaneamente.

Mesmo num ambiente em que a masculinidade domina em número, a professora da Escola de Enfermagem e Farmácia (Esenfar) afirma que nos céus não existem diferenças. “Conseguimos ter uma igualdade de gênero dentro do paraquedismo. Os homens respeitam as mulheres, não vivemos em clima de assédio. O clima entre os paraquedistas é de amizade, solidariedade e apoio. Um procura ajudar o outro a crescer no esporte”, diz Ruth.

A professora é uma das seis mulheres entre os quase trezentos instrutores desse esporte, existentes no país. O menor número nos céus não significa falta de coragem. Com o recorde Ruth já acumula 811 saltos. “A emoção faz parte do salto. O prazer em saltar faz parte da minha vida. Eu, como paraquedista, gosto da adrenalina, do desafio, da emoção. Não sei se superação é a palavra para ser usada, pois não superamos a vontade de saltar, não superamos o respeito pela natureza, ou o risco que envolve o salto de paraquedas”, explica.

Ainda este ano, Trindade pretende participar do recorde de Formação em Queda livre Latino-Americano, com 42 mulheres. Ela defende que o amor pelo esporte não atrapalha sua vida acadêmica, e que concilia as duas atividades ministrando aulas de paraquedismo durante fins de semana e nos períodos noturnos. “Um ponto importante que posso destacar no paraquedismo é que ele concilia e contribui para a minha vida universitária. Na prática do paraquedismo, cada um é importante para se conquistar algo. Nos recordes não há competição e a maioria das competições são em equipes. Mesmos nas individuais, sempre envolve o atleta e o câmera, que juntos formam uma equipe”, declara a professora.

O recorde pode ser visto no link da Globo.com.