Ufal e Sintufal debatem política de qualificação para servidor

Na pauta da reunião também foi discutida a ampliação de serviços à comunidade


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Vice-reitora Rachel Rocha recebe representantes do Sintufal
Vice-reitora Rachel Rocha recebe representantes do Sintufal

Jhonathan Pino - jornalista

A vice-reitora Rachel Rocha e os pró-reitores Sílvia Cardel, Simoni Meneghetti e Valmir Pedrosa receberam, na última segunda-feira (20), membros do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) para ouvir reivindicações da categoria. Os técnicos levaram 10 tópicos para serem discutidos com a gestão, como a ampliação da oferta de serviços da instituição para a comunidade, a falta de segurança nos campi e a política institucional de qualificação do servidor.

Quanto à promulgação de portaria que define a ampliação dos serviços da instituição, a pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), Sílvia Cardeal, esclareceu que ainda é necessário que seja feito um estudo dos diversos setores da universidade, para que ela seja posta em prática. “Essa portaria só deve ser publicada após o retorno da greve dos técnicos”, relatou.

Essa portaria deve fixar a carga horária de trabalho em seis horas corridas, sem intervalo para almoço, nos locais onde houver a ampliação dos serviços à comunidade por um período mínimo de 12 horas ininterruptas. “Nas universidades onde esse processo foi instalado, em todos eles o procedimento teve que ser refeito. A portaria deve ser publicada universalmente, mas posteriormente os casos específicos de cada setor devem estudados. Após ser publicada, ela não deve ser automaticamente aplicada, pois é necessário que os setores informem à Progep a adequação dos servidores aos novos horários”, orientou Silvia Cardeal.

Política de qualificação

Durante a reunião, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), Simoni Meneguetti, esclareceu as medidas tomadas em conjunto com a Progep na definição de uma nova política de qualificação do servidor. “Assim que terminar a greve, está prevista uma reunião de sensibilização com as direções e coordenações de pós-graduações para a oferta de vagas para os servidores. Mas o método de seleção não pode ser diferenciado da comunidade”, relatou.

Conforme a pró-reitora, além da oferta de vagas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) para os servidores na instituição, existem outras duas vertentes de qualificação, desenvolvidas pelas pró-reitorias. “Estamos estudando a criação de novos cursos de especialização, voltados para os servidores, como também estamos com uma minuta em processo de finalização para a qualificação dos servidores em áreas não atendidas pela universidade”, completou.

Substituição de servidores por bolsistas

O sindicato cobrou novas contratações de servidores. A entidade quer evitar que bolsistas permanência desenvolvam atividades em substituição dos técnico-administrativos.

A vice-reitora esclareceu que já está sendo pensado uma nova forma de aproveitamento dos estudantes com vulnerabilidade social, disponibilizando as bolsas para o desenvolvimento de atividades formativas. “Temos um edital pronto, a ser publicado após o fim da greve, voltado para os bolsistas permanência, para que estes sejam integrados às atividades da formação acadêmica. Para isso está sendo feito um mapeamento dos setores. Estes nos informarão as suas necessidades por estudantes, que deverão trabalhar em suas respectivas áreas de formação”, relatou Rachel Rocha.

Segurança nos campi

O Pró-reitor de Gestão Institucional (Proginst), Valmir Pedrosa, esclareceu que será feita reunião com a Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) para a realização de possíveis ajustes na segurança do Campus A.C. Simões, em Maceió. Quanto ao Campus Arapiraca, Valmir falou que já estão sendo verificados locais adequados para a continuidade das aulas, enquanto não houver a desativação do presídio de Arapiraca.

No final da reunião, um dos membros do Sintufal relatou que os transtornos na universidade, resultados do período de greve, deverão ser solucionados. “Tudo que a greve deixou pendente, a gente vai recuperar mais adiante”, prometeu o sindicalista Evilásio Freire.