Servidor não mede esforços para sempre atender bem

Manuela Soares - jornalista

Disponibilidade e proatividade são adjetivos que se adequam perfeitamente ao perfil de José Ulisses Filho, chefe do Setor de Manutenção da Ufal. Mas quem trabalha com ele, também sabe qualificar muitos outros sinônimos ao servidor. “Comprometimento”, disse Faustino Júnior, gerente de Serviços Gerais. “Sufoco”, afirmou Cristiane Novato, administradora. “Experiência”, confirmou Wellington Neto, bolsista do setor.

Ulisses é aquela figura popular que, há 24 anos, dedica tempo integral – no sentido literal da palavra – às atividades da Universidade Federal de Alagoas. “Chego aqui às sete horas da manhã e só vou embora umas onze da noite. Às vezes a família não entende, mas é o que eu amo fazer”, contou, sem ao menos aparentar sinais de cansaço. O chefe da manutenção comanda uma equipe de 22 funcionários terceirizados e sete técnicos efetivos, numa sintonia orquestrada para tudo sair com a qualidade digna do seu conceito exigente, bem conhecido de todos.

Ele admite que o trabalho e a responsabilidade são enormes, porque a Divisão de Acompanhamento de Serviços Gerais atende a todas as unidades dos três campi, mas conta com a competência e a motivação do grupo. “A gente faz das tripas coração para atender a todos, mas eu acho muito legal quando conseguimos porque temos uma equipe muito motivada. Dizem que eu sou uma pessoa legal, e eu acho que sou sim, mas é aquela história, se está aqui, está disponível, então, eu falo: Vamos pra Delmiro. Eles perguntam: Quando? E eu digo: Agora!”

No dicionário de trabalho do servidor não existem expressões do tipo “Não sei”, “Não dá pra fazer”, “Não vamos conseguir”. A presteza se sobressai ao mínimo pensamento de negar um favor ou a atenção a alguém. Essa postura vale tanto para as Ordens de Serviço (OS's) que chegam à Manutenção, quanto para os pedidos feitos pelo telefone, que não para de tocar.

Mérito

A eficiência de Ulisses conquistada em longos anos de experiência rendeu uma justa homenagem no ano passado, durante as comemorações dos 50 anos da Ufal. O técnico administrativo recebeu um certificado de Mérito Universitário e uma medalha pelos serviços prestados, como símbolo do que ele representa para a instituição. “Fiquei muito feliz com essa homenagem porque é um reconhecimento do meu trabalho”, revelou.

Trabalho e perfeccionismo

É bem difícil encontrar Ulisses no setor de lotação. O mais comum é vê-lo no vai e vem das andanças de inspeção e na rotineira correria para servir bem. Ele sabe, de cabeça, onde está cada funcionário espalhado pelo campus e conhece exatamente o cronograma de obras e serviços programados. Mas quando perguntado sobre como se sente sendo tão perfeccionista, já que ele só pode fazer o que é possível, o questionamento soou quase como uma ofensa!

“Nada disso! O meu diferencial é que eu faço todo o possível, mas muitas vezes, tento fazer o impossível! Na minha equipe só tem gente boa que, às vezes, não sabe escrever o próprio nome, mas é excelente no que faz. Pra fazer o impossível eles são muito criativos”, respondeu, com a firmeza de um líder e com o sorriso de quem está seguro no que diz.

Precisaria de um dia com mais de 24h para Ulisses dar conta de tudo o que desejaria fazer. Mesmo assim, encerra a rápida conversa com a expressão de gentileza que ele mais gosta de usar: “Até mais! Qualquer coisa, disponha!”