Sem tempo para parar
A afirmação é de Socorro Magalhães, que trabalha na secretaria da Gerência de Serviços Gerais da Sinfra
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Jacqueline Freire – jornalista colaboradora
“Não tenho pretensão de me aposentar, por enquanto. Acho que tenho muita disposição e saúde. O País já tem muita gente aposentado com idade para estar na ativa”. Esta é Socorro Magalhães, que trabalha na secretaria da Gerência de Serviços Gerais da Sinfra e se divide nas diversas tarefas da mulher brasileira. São oito horas diárias de trabalho, duas filhas, tempo para ler bons livros, se reunir com a família e, claro, viajar.
O sonho de ingressar na Universidade Federal de Alagoas começou há 36 anos, quando Socorro iniciou o curso de licenciatura em Letras-Português–Francês. No ano seguinte ela se tornou bolsista da Proest, indo trabalhar na seção de Compras no Departamento de Serviços Gerais da Reitoria, que na época funcionava na Praça Sinimbu.
Quatro anos depois, Socorro entra para o quadro efetivo da universidade, como datilógrafa, e, alguns anos depois, foi enquadrada no Plano de Cargos e Carreiras como assistente em administração. Nesse período ela precisou interromper o curso, por incompatibilidade de horário com o trabalho. “Na época, quando eu tentava conseguir horário especial de trabalho, por meio de requerimento ao diretor-geral do Departamento, sempre era negado. A alegação era que não existia horário especial, pois o horário de funcionamento da Ufal era até as 17h”.
Hoje a servidora lamenta ter deixado a faculdade, mas diz que pretende fazer novo curso. “Como todo mundo que ingressa em uma universidade, eu sonhava com uma estrutura que atendesse a necessidade da comunidade acadêmica e administrativa. E a primeira decepção foi exatamente trabalhar na instituição de ensino e não poder concluir o curso que estava por terminar, já que, na época, eu estava no 7º período do meu curso, tendo assim que fazer uma opção. Hoje eu pretendo, mesmo trabalhando, voltar a estudar na Ufal. Tenho em mente ver um curso semipresencial ou a distância e logo depois uma pós, já que agora temos essa possibilidade”.
De lá pra cá, o setor onde trabalho mudou de nome algumas vezes, passando a se chamar hoje Gerência de Patrimônio e Suprimentos (GPS). Apesar das dificuldades, trabalhar na Ufal é, para a servidora, motivo de muito orgulho. “Acompanhei o crescimento da Ufal ao longo desses anos, a interiorização que beneficiou muita gente que não tinha condições de se deslocar e morar na capital, e acredito que ela ainda tem muito a crescer em pesquisas, extensão e tudo que uma universidade representa e que pode beneficiar a população”, afirmou.
Socorro explica que o trabalho na GPS é muito prazeroso, tanto que não pretende se aposentar tão cedo, e quando o tempo chegar, quer encontrar alguma forma de continuar trabalhando. Ela diz que a Sinfra ainda possui dificuldades, como qualquer órgão público, mas que os servidores que chegam, na maioria jovens, cheios de boas ideias, acabam por melhorar bastante o atendimento e o serviço prestado. “Na Sinfra o aprendizado é continuo, a gente está sempre aprendendo, vivenciando situações novas e diferentes que só fazem acrescentar mais no nosso currículo”, concluiu.