Arapiraca e Sertão recebem novos servidores

Jhonathan Pino - jornalista

Marcado por costumes provincianos, cada vez mais o interior alagoano ganha características dos grandes conglomerados urbanos. O desenvolvimento dos meios de comunicação e da mobilidade humana vêm trazendo novos comportamentos para boa parte de nossas cidades. O processo se intensifica mais após as regiões agreste e sertaneja ganharem campi da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e tornarem-se polos de conhecimento para estudantes e profissionais, que saem de várias partes do país com a intenção de aproveitar o que as regiões têm de bom.

Desta vez são os servidores André Nascimento, Pedro Vasconcelos, Renato Pinto, Leandro Silva e Solma Lúcia, que vêm contribuir para o fortalecimento do Campus Arapiraca. Empossados no último dia 25, eles são oriundos de grandes metrópoles brasileiras, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, mas disseram encontrar uma oportunidade profissional, e por vezes amorosa, para tomarem a decisão de residir em Alagoas. Esse é o caso de Pedro: “Depois de 20 anos trabalhando no Rio, posso dizer que meu coração é nordestino. Me casei com uma alagoana e tinha expectativas de viver com ela aqui”, disse.

Foi também por motivos conjugais que Solma prestou concurso para Arapiraca, ela é mulher do professor Acúrcio Castelo, que também já havia saído de Recife para dar aulas em Santana do Ipanema. Além de prestigiar a solenidade de posse, Acúrcio, estava com o diretor acadêmico do Campus do Sertão, Gabriel Soares, para receber mais uma colega recifense, Vanuza Souza.

Made in Ufal

Se depender de Thiago Pereira, o provérbio “santo de casa não faz milagres” vai de água abaixo. Formado em Engenharia Civil no Campus A. C. Simões, Thiago saiu de Maceió para fazer mestrado no Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), no Rio Grande do Sul, e adquiriu experiências profissionais em Recife, antes de voltar para Alagoas. “Há nove anos eu era um simples aluno de engenharia civil, que não conhecia nada sobre a área e tinha Eurico [Lôbo] como professor de Química. Agora eu entro na Ufal para trabalhar como professor na área de recursos hídricos e espero contribuir para o desenvolvimento daquela região, que no momento recebe o Canal do Sertão”, relatou.

Leandro Lins nem precisou se formar para fazer parte do quadro funcional da instituição. Ainda aluno do curso de Física licenciatura, de Arapiraca, ele terá que se dividir entre as aulas de graduação e sua função de auxiliar em administração daquele campus.

Presidindo a solenidade, o reitor Eurico Lôbo falou sobre o privilégio que é entrar na Ufal. “É sempre gratificante ver o sucesso de um projeto que oportuniza o desenvolvimento de uma região. Vocês são os protagonistas de nossa transformação e estão colocando a todo momento o alicerce para a construção da universidade do futuro”, finalizou.